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Sindicato pretende pagar adicionais de ex-funcionários da Buettner em novembro

Dinheiro deverá ser solicitado à Vara Comercial; previsão é ter nova rodada de quitação em 2018

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Têxtil, Fiação e Tecelagem (Sintrafite) pretende solicitar à Vara Comercial de Brusque, em novembro, o dinheiro necessário para pagar os adicionais noturnos e outros benefícios dos ex-funcionários da Buettner. Neste primeiro momento, serão pagos os trabalhadores que foram demitidos junto com a falência.

As informações sobre o pagamento dos ex-empregados da indústria foram repassadas em reunião entre o Sintrafite, o Sindimestre, os trabalhadores e o advogado da massa falida, Gilson Sgrott, nesta terça-feira, 17.

De acordo com o presidente do Sintrafite, Aníbal Boettger, o valor a ser requerido em novembro ainda não foi levantado. Entretanto, não deve ser muito alto. Refere-se apenas aos adicionais, já que os vencimentos dos últimos funcionários – limitados a três salários – já foram quitados.

Segundo Sgrott, o saldo da conta judicial onde está o dinheiro da Buettner é de aproximadamente R$ 800 mil. Esse montante cobre a dívida de adicionais e ainda sobra.

A conta deve receber uma injeção de mais o valor recebido pela venda de sucatas da empresa falida. O material foi vendido por quilo, por isso, só se saberá o montante exato quando ele for retirado. A estimativa é que chegue a R$ 500 mil.

Além dos valores arrecadados no leilão de bens e sucatas, a massa falida também administra o que é recebido pelos aluguéis das empresas que locaram a antiga sede da Buettner. Por isso, segundo o advogado e o sindicalista, até o ano que vem deve haver aproximadamente R$ 1,2 milhão.

“No ano que vem vamos solicitar de novo esse valor para pagar os trabalhadores”, diz Boettger. Nesse segundo momento, já em 2018, devem ser pagos todos os ex-funcionários, tanto os demitidos antes da falência, quanto os que ficaram até o apagar das luzes.

Leilão no ano que vem
O advogado da massa falida explica que o perito avaliador já foi escolhido e aprovado. Ele deverá levantar quanto valem os imóveis pertencentes à Buettner. São 80 matrículas espalhadas por Brusque, Botuverá e Canelinha.

“O próximo passo é a avaliação, até o fim do ano”, estima Sgrott. A previsão é que, se não houver percalços jurídicos, os imóveis sejam leiloados no início de 2018.

O leilão a ser realizado deve ser nos mesmo moldes do da Fábrica Renaux, que recentemente foi comprada pelo empresário Luciano Hang.

FGTS
Durante a reunião, os sindicalistas e o advogado da massa falida foram questionados sobre o Fundo de Garantia que nunca foi pago aos ex-funcionários. Segundo Sgrott, a recomendação é que cada um entre com uma ação judicial para pedir o valor que lhe é devido.