Sindicatos da construção civil discutem ações para evitar mortes em obras
Em 2015, cinco pessoas faleceram em acidentes, três deles por queda de altura
Em 2015, cinco pessoas faleceram em acidentes, três deles por queda de altura
Os problemas no setor de construção civil de Brusque e região, avanços obtidos em 2015 e ações a serem desenvolvidas neste ano foram temas de uma reunião entre representes dos sindicatos dos trabalhadores (Sintricomb) e das empresas (Sinduscon) do setor nesta segunda-feira, 18.
Um dos pontos principais foi a segurança, tendo em vista o número de cinco mortes ocorridas em 2015: três delas por queda de altura. Além de cursos e palestras, a intenção é reforçar os treinamentos aos trabalhadores do setor.
Participaram do encontro pelo Sintricomb (sindicato laboral) o presidente, Izaias Otaviano, e a técnica em segurança do trabalho, Regiane Bambinetti. Já pelas entidades dos empresários estiveram o atual presidente, Ademir José Pereira, e o novo presidente, Fernando José de Oliveira, que assume o comando do Sinduscon em março.
“Nosso foco principal é que o trabalhador não sofra acidente, que ele esteja preparado para não perdermos vidas como perdemos ano passado. Precisamos zerar esse índice. Sabemos que fatalidades acontecem, mas quanto mais treinamentos menores os riscos de que isso aconteça”, frisa Oliveira.
Além das ações internas ao setor, as entidades vão promover campanhas em toda a cidade para chamar atenção sobre acidentes de trabalho. O objetivo é atingir o maior número de pessoas, independente se do segmento ou não.
Informalidade
Outro ponto abordado no encontro foi a informalidade. Apesar de todo avanço em temos de vistorias, a situação ainda é bastante comum no setor. A expansão dos Microempreendedores Individuais (MEIs) no segmento também é outro ponto que preocupa a classe. “O MEI é uma modalidade que está surgindo no Brasil e não vem, de nenhuma forma, para proteger o trabalhador. Vem para desproteger e acabar com as empresas de um modo geral. Hoje você tem uma competição muito desigual quando se fala em MEI e uma empresa constituída”, cita Otaviano.