Sindilojas e CDL celebram reaberturas do comércio e pedem apoio a negócios locais
Presidente do sindicato, Marcelo Gevaerd crê em bom movimento: "nunca foi tão importante fazer rodar o dinheiro"
O Sindicato do Comércio Varejista de Brusque, Botuverá e Guabiruba (Sindilojas) e a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Brusque aguardam a reabertura do comércio a partir de 1º de abril com otimismo. Para os empresários, o consumidor deve estar atento em apoiar o comércio local no que é considerada uma retomada que pode reanimar o faturamento e evitar endividamento de empresas e falta de pagamento dos compromissos.
O presidente do Sindilojas, Marcelo Gevaerd, acredita que um bom movimento no comércio de quarta-feira, 1º, a sexta-feira, 3, pode alavancar um momento mais estável para a região, sempre respeitando as normas vigentes de segurança e higiene e o isolamento dos grupos de risco.
“Não estou falando de um movimento de Natal, não estou falando de lotar as lojas. Falo de apoiar o comércio local, o pequeno e médio comércio, de fazer o dinheiro girar, para que a economia tenha esta retomada”, explica.
Para aliviar o impacto do isolamento social, ele prega o bom senso em relação aos compromissos mensais do lojista, como, por exemplo, o aluguel do espaço comercial.
“Esta motivação é necessária. Nunca foi tão importante fazer rodar o dinheiro. O ano estava indo bem, e chegou esta crise, no mês de março, que já é um período, digamos, de entressafra para o comércio. Talvez se o impacto tivesse vindo no início do mês, a situação poderia ser pior”.
Gevaerd afirma que pode haver alguma dificuldade de seguir à risca algumas medidas como, por exemplo, calcular o que é de fato 50% da capacidade do público dos estabelecimentos. No entanto, reitera que os lojistas precisam seguir as determinações do governo estadual.
O presidente da CDL Brusque, Fabrício Zen, relata que todas as orientações aos associados foram de acordo com as determinações do governo estadual, e que não será diferente com o chamado Plano Estratégico para Retomada das Atividades Econômicas
“Colaboradores que estão no grupo de risco devem ser priorizados para afastamento e também há o incentivo para o trabalho remoto aos setores administrativos. Cremos que isolando o grupo de risco, os demais colaboradores poderão voltar às suas atividades, desde que seguidas as normas de higienização amplamente divulgadas. A economia precisa girar evitando o aumento do desemprego e o fechamento de algumas empresas.”
Ele é otimista quanto à recuperação do comércio após dias sem poder abrir. Ele comenta que a principal preocupação dos lojistas diz respeito ao pagamento das despesas e dos funcionários. “O custo fixo continua ali, mesmo com algumas ações de incentivo por parte do governo. O salário, o aluguel, o estoque… Estão todos ali. A grande preocupação do lojista eram as despesas, que não poderiam esperar, mesmo sem entrada de receitas.”
O dirigente afirma que o lojista se preocupou, de fato, com a pandemia e que as orientações foram seguidas. “Mas o que coloca o pão na mesa deles e dos seus colaboradores é o bom funcionamento de sua empresa”, adiciona.
Zen também elogia o governo estadual por fazer as reaberturas pedidas pelo comércio e pelo empresariado em geral. Para ele, o comércio não aguentaria ficar parado na semana seguinte, e calcula impactos socioeconômicos irreversíveis.