Sinduscon realiza reunião extraordinária para tratar de negociação salarial e contribuição sindical
Encontro reuniu diretores e associados na noite desta quarta-feira, 21, na sede da entidade
Diretoria e associados do Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário (Sinduscon) de Brusque realizou, durante a noite desta quarta-feira, 21, importante reunião extraordinária para definir, dentre outros assuntos, a composição da comissão responsável pela negociação salarial de 2018 junto ao sindicato dos trabalhadores da classe.
De acordo com o presidente da entidade, Fernando José de Oliveira, a expectativa é de uma negociação tranquila, pautada pelo equilíbrio de interesses entre as indústrias e seus colaboradores, mesmo apesar do advento da Reforma Trabalhista, que ainda traz desafios por conta das novas legislações, obrigações e deveres.
“Nós do Sinduscon e o Sintricomb (sindicato laboral) sempre tivemos uma relação amistosa. Entendemos que nosso trabalhador é o maior patrimônio de nossa empresa e valorizamos isso. Essa reforma que tivemos, acredito que tudo que veio pra melhorar essa relação, é preciso acatar. Acredito que isso possa facilitar, inclusive, desde que ninguém queira avançar acima do que está determinado nessa reforma”, enfatiza o dirigente sindical.
Além de Oliveira (Walpa), que preside a comissão, também fazem parte Ademir José Pereira (Tubos Pereira), Valter Stoltenberg (Stoltenberg Madeiras), Valter Orlandi (KRCON Empreendimentos), Ralf Macchio e Silva (Ares Empreendimentos Imobiliários), Orlando Schaefer (Schama Construções) e Rodrigo Tomasi (Tomasi Estofados).
Contribuição Sindical
A desobrigatoriedade do recolhimento do chamado Imposto Sindical, referente a um dia de trabalho dos colaboradores das empresas, também foi um dos importantes assuntos abordados durante o encontro do SINDUSCON. Fernando José de Oliveira explicou aos diretores e associados que muitas categorias estão realizando assembleias para que a compulsoriedade continue a ocorrer. O que, na sua visão, fere o que determina a Reforma Trabalhista e o direito dos trabalhadores.
“Estão alegando que o que for determinado em assembleia toda a categoria tem que acatar. Por determinação da nossa federação (Fiesc), nosso advogado, bem como o advogado da minha empresa, a orientação é outra. A lei é bem clara no seu artigo 578 e 579. Ali diz que cada trabalhador tem que autorizar de próprio punho o desconto, senão nós não podemos descontar (…) o salário do trabalhador é sagrado. Eu não posso ir lá e simplesmente colocar a mão no dinheiro dele”, explica.
O presidente do sindicato patronal acredita que tal conduta dos órgãos que representam os trabalhadores pode acarretar em diversas judicializações, trazendo prejuízo, inclusive, para as próprias indústrias associadas. “Temos uma lei que determina, justamente, que é preciso autorizar ou não”, complementa.
Oliveira orienta que as contabilidades de cada empresa orientem seus funcionários a realizarem a autorização escrita para que o desconto continue ou não acontecendo. “Nós vamos respeitar a vontade do funcionário. A nova lei trabalhista vem justamente para favorecer a conversa entre os trabalhadores e as indústrias. Acredito até que os trabalhadores devam contribuir, mas é preciso resguardar a vontade de quem não quer”, finaliza.