Síntese biográfica do Barão Maximilian von Schneeburg – Parte II
Maximilian von Schneeburg nasceu em 28/10/1799, no Castelo de Schneeburg, em Mils, Tirol, Arquiducado da Áustria, Sacro Império Romano-Germânico. Católico, era filho do Joseph Johann von Schneeburg e de sua esposa, Bárbara Limbeck von Lilienau, e sobrinho de Johann Maximilian, que herdara o Castelo de Schneeberg. Seu pai morreu em combate na batalha de Taufers, […]
Maximilian von Schneeburg nasceu em 28/10/1799, no Castelo de Schneeburg, em Mils, Tirol, Arquiducado da Áustria, Sacro Império Romano-Germânico. Católico, era filho do Joseph Johann von Schneeburg e de sua esposa, Bárbara Limbeck von Lilienau, e sobrinho de Johann Maximilian, que herdara o Castelo de Schneeberg.
Seu pai morreu em combate na batalha de Taufers, em 1799, sem conviver com o filho, que teria sido criado sob tutela militar. Sua mãe se casou novamente com outro barão, Schmidl-Seeberg. Sobre a infância e juventude de Maximilian nada se sabe. Ele não teve filhos, e emigrou para o Brasil ainda jovem depois de se afastar do serviço militar.
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Pouco se conhece sobre as características físicas de Schneeburg. O texto “Diário de Viagem do Imigrante Paul Schwarzer” o apresenta com os seguintes atributos: (…) na manhã seguinte após a nossa chegada, ele (o diretor Schneeburg) nos fez uma visita e se mostrou extremamente atencioso conosco. Era um homem idoso, bigode e cavanhaque brancos. Era do Tirol e foi oficial austríaco (…).
O serviço militar
Conforme informações do pesquisador Roque Luiz Dirschnabel (2018), baseado no livro de Beda Weber (1845), “Meran und Seine Umgebungen, oder das Burggrafenamt von Tirol: Für Einheimische und Fremde”, Schneeburg ingressou na Academia de Engenharia de Viena, na Áustria, aos 16 anos.
Após a conclusão da instrução, foi nomeado Cadete do Corpo de Engenheiros Militares. Em 1821, foi promovido a Subtenente no Corpo de Engenharia e transferido para Venedig, como 1º Tenente, e, logo depois, para Josefstadt, na Boêmia, onde afastou-se dos serviços por causas psicológicas. Ao retornar foi transferido para Arad, na Hungria, onde sofreu nova crise mental.
Maximilian von Schneeburg resolveu se afastar do serviço militar, sendo-lhe concedido dispensa em 1828. Perdeu a patente militar e, nessa situação, aceitou o convite da Princesa Leopoldina, da Áustria, e do imperador D. Pedro II, para integrar a cavalaria da Escola Militar em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Atuou como professor do Colégio Militar Calógeras e, finalmente, em 1856, trabalhou na Sociedade Agrícola de Petrópolis. Depois disso, aceitou o convite para instalar a colônia alemã no Vale do Itajaí-Mirim, em 1860.
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40 anos dedicados ao Governo Imperial Brasileiro
Schneeburg passou grande parte da sua vida no Brasil. Foram cerca de 40 anos dedicados ao Governo Imperial, e os frutos de seus feitos aqui permaneceram. Ayres Gevaerd conseguiu descrever com perfeição a trajetória do Barão enquanto este foi o diretor da Colônia Itajahy-Brusque e, segundo Gevaerd, o Barão dedicou muito carinho à sua Colônia, procurando dar-lhe o sustento físico e com certa abundância através da exuberância da terra, a assistência espiritual por intermédio de igrejas e sacerdotes das confissões católica e evangélica e, finalmente, a assistência cultural, embora rude ainda, através de escolas. Antes de vir para Brusque, von Schneeburg residiu por muitos anos em Petrópolis, foi professor do famoso Colégio Calógeras e Capitão do Exército Imperial do Brasil.
Na Guerra do Paraguai
Minucioso na documentação, Schneeburg era um governante preocupado e sempre voltado à responsabilidade que o cargo exigia. Em 15 de outubro de 1865, acompanhou, até Itajaí, os 25 “Voluntários da Pátria” que partiram da colônia para lutar pela sua nova Pátria – Brasil – na Guerra do Paraguai. Em 26 de janeiro de 1867, o Governo Imperial, por iniciativa de Sua Majestade Imperial o Imperador Pedro II, e de acordo com a lei publicada no Diário oficial, lhe conferiu o título de Cavaleiro da Ordem da Rosa.
Continua na próxima semana.