Sintrivest afirma que mantém homologações de rescisões de todos os trabalhadores
Sindicato desmente boatos de que condiciona a homologação ao pagamento da contribuição sindical
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário (Sintrivest) de Brusque, Marli Leandro, entrou com contato com O Município para desmentir boatos de que a entidade estaria condicionando a realização da homologação das rescisões salariais ao pagamento da contribuição sindical pelos trabalhadores.
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Algumas semanas atrás, O Município recebeu informações de que a prática estava sendo implantada no Sintrivest, que condicionaria a realização de serviços ao fato do trabalhador ter autorizado ou não o desconto de um dia de trabalho da contribuição sindical.
Em entrevista anterior, Marli confirmou que benefícios concedidos pelo sindicato, como o acesso a profissionais médicos e o reembolso de despesas médicas passou a ser feito apenas para aqueles que fizeram a contribuição, descontada em abril, ou que se dispusesse a fazê-lo posteriormente.
No entanto, a presidente do sindicato afirma que não procedem as informações de que as homologações deixaram de ser feitas. O procedimento, na prática, se trata da conferência da documentação do empregado demitido, para ver se ele recebeu da empresa aquilo que realmente lhe era devido.
Segundo Marli, as homologações das rescisões continuarão a ser feitas independente do empregado contribuir ou não – ela afirma que já foram feitas até mesmo homologações de empregados que sequer tinham registro em carteira e, portanto, nem constavam nos registros do Sintrivest.
Isso porque, de acordo com o presidente do sindicato, essa é uma das questões pela qual a instituição mais lutou durante a convenção coletiva de 2018. Na avaliação dela, isso dá uma garantia ao empregado, que na maior parte das vezes não sabe os valores exatos que tem a receber, e pode ser prejudicado pelas empresas.
Ela garante que para este tipo de serviço, essencial ao trabalhador, nenhuma taxa ou contribuição é cobrada. Por outro lado, a sindicalista ressalta que os demais serviços oferecidos pelo Sintrivest serão destinados somente aos trabalhadores que contribuirem, pois “não é justo os que pagam ter os mesmos direitos que os que não pagam”.
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Marli ressalta que o sindicato não recebe recursos públicos, e que precisa das contribuições para se manter.
Além disso, ela afirma que os serviços oferecidos hoje pela entidade, como convênios médicos e odontológicos e reembolso de despesas médicas aos trabalhadores são mais benéficos financeiramente do que a mensalidade paga pelos associados, de R$ 46.
Para Marli, os trabalhadores precisam entender que, sem a contribuição, não há como manter os benefícios para todos.