Sintrivest aprova rol de reivindicações para a Campanha Salarial de 2022; veja valores
Assembleia discutiu itens e contou com uma palestra sobre economia
Assembleia discutiu itens e contou com uma palestra sobre economia
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário (Sintrivest) de Brusque, Guabiruba e Botuverá realizou no sábado, 16, em sua sede, a assembleia de elaboração de pauta para a Campanha Salarial de 2022.
Na reunião, trabalhadores e trabalhadoras da categoria aprovaram o rol de reivindicações, que nos próximos dias serão encaminhados ao sindicato, para início das negociações. A presidente do Sintrivest, Marli Leandro, conta que foi um momento muito importante.
“Tivemos uma aprovação positiva e esperamos desde já ter êxito nessa negociação para garantir um bom reajuste a todos aqueles e aquelas que produzem as riquezas e o lucro das empresas do setor vestuário”, diz.
Entre os itens aprovados pelos trabalhadores durante a assembleia, está o reajuste baseado nas perdas acumuladas dos últimos 12 meses (valor que será calculado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor – o INPC, que é um dos itens que também calcula a inflação), mais 5% de aumento real.
O valor do reajuste pelo INPC ainda será definido, pois é necessário aguardar o fechamento do índice dos meses de julho e agosto.
Durante a assembleia os trabalhadores aprovaram também o valor do piso salarial inicial de R$ 1.900 entre outras cláusulas que agregam para o salário, como a cesta básica, a participação de lucros e resultados, e a questão de abono.
Assim, o sindicato irá buscar os itens aprovados pelos trabalhadores, bem como garantir a renovação das demais cláusulas que já compõem a Convenção Coletiva de Trabalho.
“Sempre solicitamos ao sindicato patronal que já no começo de agosto possamos dar início a essas reuniões para discutir sobre toda Convenção Coletiva, que tem a data base em 1º de setembro, para que até lá possamos ter tudo definido”, completou a presidente do Sintrivest.
Além da assembleia também foi realizada uma palestra com o técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), José Álvaro, a respeito de como se apura a Inflação e o INPC, bem como os impactos de ambos no dia a dia da classe trabalhadora.
De acordo com o especialista, o objetivo da palestra foi apresentar um panorama geral a respeito do assunto, esclarecer algumas dúvidas para que os trabalhadores possam compreender melhor a situação econômica do país.
O técnico ainda comentou sobre a alta inflação e o baixo crescimento do país.
“A inflação é um dos principais problemas na economia, especialmente em países como o Brasil, que são subdesenvolvidos. Hoje o mundo vive uma situação de baixo crescimento e inflação alta. No Brasil não é diferente, onde chamamos esse fenômeno de ‘estagflação’, que é ter um índice inflacionário relativamente alto e uma economia estagnada ao mesmo tempo, já que desde 2016 a média do crescimento do nosso PIB tem sido muito baixa. Ou seja, em nenhum momento da história do Brasil, pelo menos que se tenha registro, o país cresceu tão pouco”, comentou.
Por fim, o técnico do Dieese destacou o papel fundamental dos sindicatos na preservação dos direitos conquistados em prol dos trabalhadores, que dentro das circunstâncias têm buscado as melhores condições nas negociações em suas categorias.
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