Sistema de compartilhamento de bicicletas é desativado para usuários não sofrerem choques em Brusque

Prefeitura fará reunião com empresa que elaborou os equipamentos para procurar uma solução para o problema

Sistema de compartilhamento de bicicletas é desativado para usuários não sofrerem choques em Brusque

Prefeitura fará reunião com empresa que elaborou os equipamentos para procurar uma solução para o problema

Inaugurado no fim de outubro, o sistema de compartilhamento de bicicletas B-bike está desativado devido problemas técnicos. A central onde ficam localizados os equipamentos elétricos para serem carregados estava com uma voltagem de energia muito alta. Além disso, os pinos ficavam energizados mesmo sem as bicicletas plugadas. Com isso, alguém poderia tomar um choque e ficar ferido, já que a voltagem estava em 220 volts.

O problema foi identificado pela Secretaria de Trânsito e Mobilidade (Setram) um pouco antes da inauguração. Por esse motivo, eles diminuíram a voltagem da central para 12 volts, com o intuito apenas de carregar os equipamentos. Para mudar a voltagem, o técnico eletricista da prefeitura foi até o local e seguiu orientações da empresa para fazer o serviço.

Após a mudança, conforme explica o secretário Renato Bianchi, algumas centrais não estavam carregando as bicicletas. Além disso, a central inteira do terminal urbano parou de funcionar. “Antes de deixar algo inseguro para alguém sofrer um acidente, nós tiramos e notificamos a empresa”, esclarece.

Nesse período de testes identificamos algumas falhas no sistema. Primeiro é a fragilidade das bicicletas, vimos que elas não eram de qualidade pelo valor que nós pagamos. Esperávamos algo melhor e a estação como um todo também”, diz o diretor de Governo e Gestão Estratégica, André Vechi.

Segundo o secretário, a empresa comunicou que os pinos só passariam energia quando as bicicletas estivessem conectadas na estação.

Para não deixar as bicicletas paradas, o Setram chegou a criar um sistema para carregar os equipamentos, mas a cada 35 quilômetros rodados pela bicicleta, ela precisaria ser recolhida e levada à sede do Setram para carregar. “Isso iria acabar dando transtornos. Por isso optamos por não entregar à população”, diz.

Apesar dos problemas na estrutura que carrega as bicicletas, todo o sistema para desbloquear o equipamento está funcionando normalmente.

A prefeitura entrou em contato com a empresa responsável pela construção da estrutura, a Bike Fácil, de Curitiba, informando o problema. Vechi explica que foi encaminhado um relatório detalhado com todos os problemas identificados.

Com isso, a empresa procurou trabalhar uma solução para o problema, que deve ser apresentada em uma reunião na prefeitura na próxima semana, entre segunda ou terça-feira.

“Caso a empresa não consiga apresentar uma proposta que fique a contento da administração, daremos encaminhamento para a rescisão contratual e vamos chamar outra empresa para fazer esse trabalho. Não aceitaremos equipamento de má qualidade ou que coloque em risco a vida do usuário”, diz.

A prefeitura contabilizou mais de 500 cadastros e por isso espera solucionar o problema o quanto antes para que a população possa utilizar o serviço o quanto antes. No entanto, devido ao fim do ano, as mudanças devem ser feitas apenas em 2020.

Além disso, Vechi recorda que a estação localizada na praça Sesquicentenário já passou por dois atos de vandalismo. Após o conserto das estações, a prefeitura pretende fazer um trabalho de conscientização com a população para que eles cuidem dos locais e equipamentos.

“Em menos de um mês tivemos dois atos de vandalismo. Por mais que esteja filmado é difícil identificar. Nosso apelo é para que as pessoas não estraguem o que é público e que se identificarem qualquer terceiro danificando, que denuncie ou impeça, porque no fim das contas quem paga isso somos nós”, alerta.

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