Sistema permite que lojistas consultem boletins de ocorrência de consumidores
Parceria entre o SPC e Polícia Civil busca evitar fraudes com documentos perdidos ou extraviados
Parceria entre o SPC e Polícia Civil busca evitar fraudes com documentos perdidos ou extraviados
Desde agosto de 2015, os lojistas de Santa Catarina contam com um novo auxílio para diminuir o risco de fraude na hora da compra, é o Alerta B.O. A Polícia Civil e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) firmaram uma parceria, onde é possível conferir os boletins de ocorrências (B.O) em tempo real. O serviço é oferecido pela Federação das Câmaras de Dirigentes e Lojistas (CDL) do estado.
Agora, as pessoas que registram B.O. de perda de documento na delegacia podem compartilhar os dados com o SPC. Assim, evitam que algum estelionatário use os documentos para efetuar compras. O agente de Polícia Civil, Luiz José Kamers, explica que no momento em que se registra a ocorrência, automaticamente o sistema questiona se a pessoa autoriza o compartilhamento dos dados. “A perda ou extravio de documentos pode ser registrada também online, pela página da Polícia Civil na internet”.
O gestor executivo da CDL, Carlos Eduardo Vieira, diz que, cada vez mais a FCDL está em busca de serviços que ofereçam segurança aos associados na hora da venda. “Esse sistema está sendo utilizado desde agosto, quando aconteceu o lançamento extraoficial. Ainda está passando por ajustes, mas mesmo assim já trouxe bons resultados para os lojistas”.
Além deles, a parceria é benéfica para os próprios consumidores que ficam livres de qualquer uso indevido dos documentos. “Tem muitas pessoas de má-fé que se aproveitam até mesmo dos falecidos. Pegam o CPF da pessoa que morreu e se passam por ela, ou até mesmo as esposas, namoradas”, revela Vieira.
Como funciona
Quando o cliente efetua a compra, o lojista realiza a consulta do CPF pelo sistema do SPC. Neste momento, automaticamente aparece na tela do computador uma tarja, que pode ser vermelha, amarela ou verde. E com isso, é possível saber se há ou não restrições para aquele documento.
Para desmascarar o estelionatário, o lojista é treinado em cursos oferecidos pela CDL. Ele passa a questionar a pessoa, com informações pessoais. “Com isso, o lojista consegue desvendar se aquele é mesmo o responsável pelo documento”, acrescenta o gestor da CDL.
Vieira detalha que as três cores que aparecem para o lojista, é como se fosse um semáforo: o alerta vermelho significa que o documento possui alguma restrição de crédito; o amarelo pede atenção do lojista, pois há alguma irregularidade, como excessos de consultas ou registros de boletins de ocorrências. Já o verde é o sinal positivo em relação ao crédito, mas ainda assim, pode aparecer o boletim de ocorrência da perda ou extravio de documentos.
Documento achado
O gestor executivo da CDL, Carlos Eduardo Vieira, alerta às pessoas para que, assim que encontrarem os documentos perdidos, voltem até a delegacia de Polícia Civil e informem que foi achado. “Assim como foi autorizado o compartilhamento de dados com o SPC, o sistema vai informar que o documento pode ser desbloqueado para uso”, diz.
Também é possível repassar a informação para a própria CDL, diretamente no balcão de atendimento. “É de extrema importância esta notificação de achado. E pedimos para que a comunidade conte conosco, pois estamos aqui para ajudar tanto os lojistas como os consumidores a evitar fraudes”, afirma Vieira.