Ex-atletas da Fube, gêmeas de São João Batista integram equipes profissionais de vôlei fora do país

Formadas no município, Marina e Simone Scherer atuam em clubes da Espanha e do Peru

Ex-atletas da Fube, gêmeas de São João Batista integram equipes profissionais de vôlei fora do país

Formadas no município, Marina e Simone Scherer atuam em clubes da Espanha e do Peru

Em período de férias em São João Batista, as gêmeas Marina e Simone Scherer, 25 anos, atletas profissionais de voleibol, aproveitaram para compartilhar as experiências vividas no esporte com as alunas da Fundação Batistense de Esporte (Fube).

A carreira profissional das irmãs iniciou justamente na escola de vôlei da instituição. Hoje, elas integram os times Club Voleibol Elche, na Espanha, e Universidad César Vallejo, no Peru, respectivamente.

Simone informa que sempre que entram em férias, ela e a irmã voltam para São João Batista, para ficar junto dos pais. Porém, poucas pessoas sabem que as gêmeas iniciaram a vida no esporte no município. “É muito gratificante poder compartilhar as nossas experiências e inspirá-las de alguma maneira, dividir um pouco do conhecimento que temos hoje e ajudar”, diz.

Naturais de Igrejinha, no Rio Grande do Sul, as gêmeas se mudaram para São João Batista aos 12 anos, em 2006. Marina conta que desde pequena, com apenas cinco anos, sempre gostou de jogar futebol, mas nunca se imaginava no vôlei. “A Simone sempre me acompanhava para não ficar sozinha. Mas ela não jogava bem”, brinca.

Arquivo Pessoal

Assim que chegaram no município, as gêmeas participaram dos jogos escolares e foram convidadas por Antero Alexandre, que integrava a Fube, a conhecerem a escola de vôlei. “No começo, quando descobrimos o vôlei, fomos mais para conhecer, porque na cidade não tinha a escola de futsal feminino”, lembra Marina.

Porém, as coisas aconteceram muito rápido para as irmãs, ótimas oportunidades apareceram, e então perceberam que realmente dava para ser profissional e seguir uma carreira no voleibol. “No começo não sabíamos nada. Nunca havíamos praticado vôlei. Na realidade não gostávamos. Mas tivemos a oportunidade de começar a treinar, fomos melhorando e nos destacando”, conta.

Crescimento no esporte
As irmãs jogaram pela equipe da Fube em 2006 e 2007. Depois, uma oportunidade surgiu para integrarem o time de Nova Trento. “Na maioria das vezes, as oportunidades vieram atrás de nós, e sempre buscamos trabalhar duro para melhorar. Por isso, acredito que essas oportunidades são fruto de nosso esforço, dedicação e trabalho duro”, afirma Simone.

Em Nova Trento, as gêmeas jogaram juntas por três anos. Marina como ponteira e Simone como central. Elas tiveram ainda convocatórias para a seleção brasileira de base, e para se manter no esporte, Marina se transferiu para uma equipe do Rio Grande do Sul com a proposta de ser levantadora. A ideia havia sido dada na seleção brasileira, devido a uma lesão no ombro. Já Simone seguiu para São Caetano, em São Paulo. Esta foi a primeira vez que as irmãs se separaram.

Arquivo Pessoal

Em 2013, Marina teve a chance de ir para Barueri, em São Paulo, e em 2014 e 2015 as gêmeas puderam jogar juntas novamente nas equipes Sesi/SP e São José dos Campos, respectivamente. “Jogamos o último ano de base e fizemos parte da equipe adulta que jogava a superliga”, conta Marina.

Foi em 2016 que as irmãs tiveram a oportunidade de jogar fora do país. Marina foi para a Espanha, onde jogou pelo Aguere Tenerife até 2017. No ano seguinte, ela integrou a equipe de vôlei de Curitiba (PR), e agora é atleta do Club Voleibol Elche, na Espanha.

Já Simone, após sair de São José dos Campos (SP), foi para Lima, no Peru, em 2016, onde jogou pelo Géminis até 2018. Agora, ela integra a equipe Universidad César Vallejo.

“Viveríamos todos esses momentos outra vez. Valeu a pena cada etapa e dificuldade que enfrentamos. Além de crescer como profissionais, temos a oportunidade de conhecer países onde nunca imaginávamos ir. Levamos muitas amizades e experiências de vida”, comenta Simone.

Ela ressalta que seu objetivo é um dia chegar à seleção adulta, estudar educação física, e no futuro, transmitir sua experiência profissional como técnica ou preparadora física. Marina também almeja viver do vôlei, seja no Brasil ou exterior.

A temporada fora do país inicia novamente somente em setembro para as gêmeas. Neste momento, elas aproveitam para curtir a família e analisar algumas propostas recebidas. “Enquanto não temos nada definido, seguimos cuidando do físico e treinando juntas”, diz Simone.

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