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Sociedade Santos Dumont amplia atividades sem perder o foco no esporte

Eventos ajudam a custear melhorias na estrutura e a incentivar novas modalidades

Fundada em 1964, a Sociedade Santos Dumont segue em expansão. Além de fortalecer sua vocação para eventos, mantém o foco na prática esportiva. Entre os investimentos previstos, estão três novas quadras que devem ser construída ao longo deste ano.

Segundo o presidente Pércio Dalago, elas atenderão a demanda de praticantes de beach tennis e futevôlei. Os serviços de terraplanagem, afirma, só não iniciaram ainda devido às condições do clima. Haverá, ainda, adaptações no entorno da piscina do clube.

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Para viabilizar os projetos de melhorias estruturais e ampliação do clube, a opção foi por criar o Gourmet Show, em 2015, em parceria com o Schmitt Buffet e Eventos. O evento conta com shows nacionais e gastronomia, e tem feito sucesso desde o início.

De acordo com ele, nas primeiras edições do evento era preciso superar a desconfiança das agências responsáveis pela agenda dos artistas. “Não é só criar o interesse local, mas mostrar que Brusque pode receber evento deste porte”.

Papel social
Antes de assumir a presidência, Dalago já havia passado pelas diretorias de esporte e social da entidade. Segundo ele, o foco no papel social e integrador do esporte nunca saíram do foco do clube.

Foi a falta de locais adequados para a prática esportiva e de lazer em Brusque que motivou as primeiras reuniões para a fundação do Santos Dumont. A mobilização comunitária ocorreu ainda em em 1964. Na época, em pleno início do regime militar, eles precisaram contar com o apoio do pároco João da Cruz Stuepp.

Para evitar problemas de interpretação por parte dos órgãos de segurança, as reuniões eram feitas como parte de encontros religiosos. As ações ainda eram apoiadas por moradores de bairros como Santa Rita e Limeira, também integrantes da área de atuação da paróquia.

Um dos orgulhos é a escolinha de futebol, montada há 22 anos e que conta com 280 atletas regulares. As diferentes modalidades, além dos serviços, afirma, são uma forma de integração com a comunidade local. Parcerias proporcionam o acesso a serviços como academia.

Na época, a atenção ao esporte levou à criação do primeiro campo de futebol e um galpão, onde foi montada a cancha de bocha. O local era o ponto de encontro entre os sócios aos finais de semana.

Novo patamar
Entre os ex-presidentes, Luiz Floriani, 87 anos, é um dos mais antigos ainda vivo. Antes de ocupar funções na diretoria, inclusive como presidente entre 1978 e 1979, foi diretor social, acompanhou as reuniões para criação do clube com a esposa Marivone e a filha Lígia.

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Na época, os principais desafios estavam em recuperar a sede, considerada precária e com problemas estruturais. Durante a maior parte do tempo, lembra, o clube foi mantido só com os valores arrecadados com as mensalidades dos 800 sócios que eram ativos no fim da década de 1970, além de doações da comunidade.

Sem recursos para desenvolver os projetos, eles contavam com a ajuda voluntária de engenheiros como Ivan Walendowsky. Além disso, os membros da diretoria botavam a mão na massa, literalmente. O próprio Floriani auxiliou na instalação do piso do salão e na construção do palco.

Para ele, ver a estrutura atual e as atividades realizadas no Santos Dumont são motivo de orgulho e demonstram o envolvimento das diferentes gerações de sócios do clube. “Foi um avanço muito grande. É bom ver tudo o que se conseguiu com o apoio comunitário. Tudo o que foi feito, foi com muito amor por uma sociedade que nasceu sem dinheiro e, hoje, está em um outro patamar.”