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Sociedade se importa com mulheres amamentando em público, mas não com nudez no carnaval

Objeto sexual Sobre nota, aqui, ontem: a sociedade que condena a amamentação em público só reconhece a mulher como objeto sexual. Alguém teve a petulância de questionar: por que elas não botam um paninho sobre o peito? Enquanto isso, o que já está se vendo, às vésperas do Carnaval, é um festival de peitos e […]

Objeto sexual
Sobre nota, aqui, ontem: a sociedade que condena a amamentação em público só reconhece a mulher como objeto sexual. Alguém teve a petulância de questionar: por que elas não botam um paninho sobre o peito? Enquanto isso, o que já está se vendo, às vésperas do Carnaval, é um festival de peitos e bundas. Julgar a amamentação em público, como quer o Congresso Nacional a partir de projeto da ex-senadora Vanessa Grazziotin, é tirar da mulher o direito de ser dona do próprio corpo e das suas próprias vontades.

Será difícil
O Conselho de Representantes da Confederação Nacional da Indústria vai se reunir hoje para escolher um substituto do presidente afastado Robson Braga de Andrade, temporariamente afastado por corrupção. A convocação da reunião foi feita por 20 das 27 federações estaduais das indústrias que integram o colegiado da CNI. O catarinense Glauco José Côrte, um dos quatro vice-presidentes, pode ser o escolhido. Será difícil. Andrade tem muita ascendência sobre os demais.

Túnel do tempo
Carlos Moisés teve coragem, que nenhum governante recente teve, escreveu-se aqui, de eliminar mais de mil cargos comissionados em dois meses de governo. Para se fazer justiça: no início de seu segundo mandato, de 1999 a 2002, o então governador Esperidião Amin, que havia herdado três folhas de salários atrasados de servidores públicos de seu antecessor, Paulo Afonso Vieira, deixou de preencher mais de 30% dos cargos comissionados. Teve custos políticos, inclusive vis traições de partidários seus na Assembleia Legislativa, mas aguentou firme.

Autonomia elogiada
O deputado federal Celso Maldaner (MDB-SC) se destacou na sabatina, anteontem, em que Roberto Campos Neto foi aprovado, por unanimidade, para presidente do Banco Central. O próprio indicado fez menção elogiosa a Maldaner por ser relator de projeto que garante a autonomia da instituição.

Susto
O presidente da Federação Catarinense de Municípios (Fecam) e prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli, confessa que a disposição do Tribunal de Contas do Estado de discutir e, se possível, tomar alguma medida para o fato de mais de 100 municípios de SC não terem, hoje, condições mínimas de se sustentar, “assusta” os associados da entidade. A verdade é que o custo de sua manutenção, com estrutura dos executivos e legislativos, pessoal, por exemplo, sobrecarregando o orçamento público estadual, é bancado, em bilhões, por todos os contribuintes catarinenses. Ponticelli incentiva o debate que pode resultar num freio à criação de novas municípios, redução de custos, melhoria de suas receitas próprias e revisão de procedimentos.

Tratamento
Há muito tempo que não se via um protesto assim no Legislativo estadual: os deputados Fernando Krelling (MDB), Maurício Eskudlark (PR) e Ivan Naatz (PV) foram à tribuna reclamar, de forma contundente, do mau atendimento, em audiências dadas a eles, pelo secretário de Estado da Saúde, Helton de Souza Zeferino, que é coronel.

Quizilas
Mais de um mês depois do fato – que exigia prisão em flagrante e fim de conversa – eis que, finalmente, a 3ª Câmara Criminal do TJ-SC decretou a prisão preventiva de um homem com um fuzil AR-15 em residência, durante operação de inteligência da PM-SC no bairro Monte Verde, em Florianópolis, dia 19 de janeiro.

Nomes
A coluna leu, num release do governo estadual, o nome de uma menina vacinada contra o sarampo em Florianópolis, que o cartório que fez o registro merecia uma advertência, no mínimo: Jhennyefer. E o nome de sua mãe? Maiquele. Ambas brasileiríssimas. Sem comentários.

Tornozeleiras
O presidente do TJ-SC, desembargador Rodrigo Collaço, vai estudar uma sugestão recebida nesta semana: que os homens que estiverem respondendo por violência contra a mulher aguardem o julgamento com tornozeleiras eletrônicas. É o que já acontece em três Estados e no Distrito Federal.

Os outros
De causar algumas críticas à reforma da Previdência de setores corporativos, com suas “togas e provas” de que ela não pode atingi-los, apenas os “outros”. O interessante é que querem mudar, mas sem eles mudarem, mantendo seus privilégios intocáveis.