Solução/Flyone e Olaria iniciam a disputa pelo título do Amador em Guabiruba
Solução/Flyone e Olaria iniciam a disputa pelo título neste domingo, 7
Solução/Flyone e Olaria iniciam a disputa pelo título neste domingo, 7
Depois de quatro meses de competição, o Campeonato Municipal de Futebol Amador de Guabiruba – Troféu Gilberto Batschauer chega a primeira partida da final neste domingo, 7. Solução/Flyone e Olaria se enfrentam no estádio Orlando Westarb às 9h30.
A partida representa o embate entre o favoritismo e a tradição. Olaria é quatro vezes campeão, e busca o tri seguido. Já Solução/Flyone é uma equipe que surgiu este ano da junção de dois times que, apesar de fazerem boas campanhas, nunca foram campeões. O clube é a sensação do momento, com saldo de gols e sistema defensivo impressionantes. “Esta final, para nós, é a coroação do bom trabalho realizado até aqui”, afirma o técnico do Solução/Flyone, Alex Baumgartner. A segunda e definitiva partida está marcada para o domingo seguinte, 14, também no estádio Orlando Westarb.
Força total
O Solução/Flyone é o dono da melhor campanha do Amador de Guabiruba. Avançou para as semifinais com três rodadas de antecedência, enquanto as demais equipes só conseguiram classificação somente na última partida. Não perdeu nenhum jogo, o que significa um total de onze partidas sem derrotas. Foram somente dois empates, ambos contra o Caresias: um na fase de grupos e outro no primeiro confronto da semifinal.
O técnico Alex Baumgartner comandou o Solução no ano passado e em 2012. Este ano assumiu novamente após a junção com o Flyone. Acompanhou, portanto, o avanço dos atletas ano após ano, e acredita que nesta edição o grupo está mais unido. “Desde o começo os atletas se comprometeram com o projeto do Solução/Flyone. Foram sérios, se cuidaram e nunca faltaram a uma partida. Existe um companheirismo entre nós”, diz.
A união citada por Baumgartner é comprovada em números. A equipe tem o melhor ataque da competição, com 39 gols, mas o artilheiro, Paulo Cesar, é autor de apenas nove tentos. “Ninguém se destaca dos demais. O objetivo é ajudar a equipe, sem individualismo”, afirma o comandante.
Além do melhor ataque, o time tem a melhor defesa. Destaque para o goleiro Leandro, que sofreu apenas três gols em 11 partidas. A média, próxima a zero gols por jogo (0,27), surpreende. Os créditos são para todo o sistema defensivo, que se provou eficiente. O Solução/Flyone já está há oito jogos sem levar gol, um total de 720 minutos.
As dificuldades da equipe nos três confrontos contra o Caresias, os dois últimos pelas semifinais, não preocupam o técnico. Na primeira partida que valia vaga na decisão, que terminou em 0 a 0, o time de Baumgartner não teve nenhuma chance clara de gol. Os adversários chegaram a pressionar no primeiro tempo. Na segunda partida, domingo passado, Solução/Flyone segurou um placar magro de 1 a 0, que creditou a equipe à final da competição. Desta vez, no entanto, o time teve mais chances que acabaram não concluídas com eficiência.
A tendência para o jogo com o Olaria é não desperdiçar as oportunidades para que a equipe não sucumba novamente diante do algoz do ano passado, quando o Solução de Baumgartner acabou com o vice ao ser superado por 3 a 0 na final. Os resultados podem mostrar que a equipe não tem o mesmo desempenho da fase de pontos corridos quando chega no mata-mata. O técnico, no entanto, diz acreditar que desta vez será diferente. “Ano passado os jogadores entraram em campo nervosos para a decisão. Agora, sinto que existe mais confiança entre todos. A semifinal contra o Caresias provou isso”, explica. A equipe vai completa para o jogo de domingo.
Fé no tri
O técnico Nilo Westarb, do Olaria, vive um conflito de sentimentos agora que está na final do Amador de Guabiruba. Ao mesmo tempo que está feliz pela chance de conquistar o tricampeonato seguido com a equipe e o pentacampeonato total, preocupa-se com o quanto isso custou ao Olaria.
A classificação veio após bons resultados diante do Bahia, 3 a 0 no jogo de ida e 2 a 0 na partida de volta. No segundo jogo, porém, o time perdeu dois jogadores importantes para a final. O primeiro é o zagueiro Vitor. Ele se envolveu em confusão e foi expulso. Já o segundo foi ainda mais difícil de Westarb superar. O atacante e sobrinho do técnico, Godo, levou um chute proposital de José da Silva, do Bahia, e teve uma das costelas quebradas.
Com os desfalques importantes e a preocupação pela saúde do sobrinho, Westarb busca auxílio na fé. “Pode ser que Nossa Senhora de Aparecida, a qual sou devoto, traga boas coisas para nós. Uma luz pode ajudar na recuperação de Godo, e talvez ele ainda jogue a segunda partida”.
O Olaria tem a tradição como escudo contra o favoritismo do Solução/Flyone. Além do bi seguido entre os quatro títulos do Campeonato Amador , a equipe ainda foi campeã invicta no ano passado da Copa SDR. A competição envolveu equipes de Brusque e região. Mesmo defendendo a conquista, Westarb acredita que os números alcançados nesta edição da competição credenciam o rival como favorito. Enquanto o Solução/Flyone dominou de ponta a ponta, o Olaria demorou a ‘se encontrar’ na competição. Foi derrotado nas duas primeiras partidas, inclusive pelo próprio Solução/Flyone. No jogo de estreia do campeonato, os agora finalistas se enfrentaram, e o Olaria perdeu por 2 a 0.
A recuperação veio quando as peças importantes da equipe voltaram, incluindo Godo, que estava suspenso. Mesmo com a falta de um centro-avante de ofício, o técnico do Olaria já afirmou que não vai se esconder no jogo. “Meu time é sempre o mesmo, jogando pra frente. Gosto de futebol de ataque”, diz.
Caso Godo
Alex Baumgartner é adversário de longa data do Olaria, desde quando comandava o Solução. Pelo segundo ano consecutivo, terá o rival como oponente na decisão. Por esse motivo, comenta que algumas acusações sobre o caso de Harry Westarb Neto, o Godo, atleta do Olaria que foi agredido por um zagueiro do Bahia, caíram sobre sua cabeça. “Eu estava no campo e ouvi muitas pessoas dizendo que fui eu quem pedi para o José da Silva fazer aquilo. Isso é falta de respeito comigo. Quero ser campeão, mas sem machucar ninguém”, se defende. O técnico do Olaria, Nilo Westarb, também não acredita nesta versão. “Não acho que tenha sido o Alex (Baumgartner). Foi algo que aconteceu ali nas quatro linhas mesmo”, diz Westarb.