Soluções de mobilidade para a Primeiro de Maio e Brusque
A avenida Primeiro de Maio até a rua Florianópolis representa o maior caos urbano, com quilômetros diários de congestionamento. Soluções para que este cenário melhore são temas de discussões frequentes em redes sociais, e com apoio de empresários. Mas parece que as respostas, por mais que uma opinião divirja da outra, sempre param no mesmo lugar.
Não estamos mais em 1950, num momento da história que o carro foi o principal modo de transporte. A política do Brasil sempre foi voltada para o estímulo da compra do carro. Brusque é a cidade com um dos maiores índices de carro/habitante em Santa Catarina, acima inclusive da média nacional. E isso jamais representa desenvolvimento ou alto poder aquisitivo. É um reflexo claro da falta de estratégia de mobilidade urbana dentro da prefeitura.
Não existe densidade suficiente pra implantar outro modal, então não é o momento de falarmos de metrô, aeromóvel ou VLT. A realidade do poder público é essa, quando for discutir mobilidade: pedonal (caminhadas, em trajetos confortáveis até 300m), bicicleta, ônibus ou carro. Remover lombadas/redutores de velocidade, pode ser um facilitador, mas precisa muito mais estudo pra entender o que acontece. Estes modais existentes precisam conversar harmoniosamente entre si para funcionar. Vemos de cara que o mais utilizado, o carro, saturou com a avenida Primeiro de Maio em horários de pico. Então descartamos ele da lista de prioridades.
O que caracteriza o tráfego deste local é prioritariamente o movimento pendular, de pessoas que residem em Águas Claras ou nos bairros agrestes, e trabalham em indústrias, comércios ou prestadores de serviços em diversos locais da cidade, mas principalmente no Centro, que condensa a maior oferta de emprego no comércio e escritórios.
Políticas pública de estímulo ao uso de ônibus, ampliação da integração tarifária – que hoje ocorre somente no terminal urbano, e o maior desejo: novas linhas de ônibus para conectar com mais conforto e agilidade os usuários que residem nesta área.
Águas Claras é um bairro que cresce diariamente, está muito mais povoado que há 20 anos atrás. Mas a infraestrutura é a mesma em meio ao número crescente de novos habitantes.
Este é o futuro, ninguém mais pode pensar no carro como principal modo de transporte. Parece uma utopia, que já é realidade na maioria das cidades da Europa, e eu sonho pelo dia que seja aqui também.