De acordo com ele, após a iniciativa, o esporte começou a se difundir e hoje já possui cada vez mais adeptos no litoral catarinense. “O S.U.P explodiu de vez faz três anos. A tendência agora é só aumentar. A galera começou a se ‘encarnar’. Somente em Brusque temos mais de 200 praticantes de stand up”, afirma. 

Hoje, Heckert vive do esporte. Além de praticante assíduo do S.U.P, produz todo tipo de material e acessórios para as pessoas interessadas em praticar o esporte. “Minha função é a de shaper designer. Sou o profissional responsável por passar todas as orientações possíveis para o surfista e praticante do S.U.P”, relata.

É dele a responsabilidade de tirar dúvidas e indicar o melhor modelo para quem pretende começar o stand up. “Trabalho com todo o sistema de produção. Para boa prática do S.U.P é necessário uma prancha personalizada. É preciso que ela seja desenvolvida com base em um programa, valorizando o peso, altura, tipo de surf e locais onde a pessoa praticará a modalidade”, explica.

O S.U.P não tem segredo, se assemelha com o surfe tradicional, mas é realizado em pé, com o uso de remos. A facilidade de ‘andar’ sobre a água faz com que a aventura atraia público de todas as idades e com que a modalidade seja hoje uma das atividades que mais crescem no país.

“O stand up difundiu em todas as classes e idades. Hoje qualquer um rema. O S.U.P é para todos. Um esporte da família. Não tem idade, não tem nada. Isso é o interessante”, revela Heckert.

Para iniciar a pratica esportiva, ele afirma que a pessoa pode pegar algumas aulas no começo. Os valores custam cerca de R$ 70 por hora. Quem não tem prancha, pode ainda alugar para realizar a modalidade. O preço – também cobrado por hora – varia de R$ 30 e 50, conforme a praia. “O S.U.P não é difícil. Por isso, se a pessoa não quiser pegar aula no começo, ela pode ir para praia, dar uma remadinha no remanso. É um esporte para família e não há perigo”, conta.

A dica de Heckert é não ter medo da água e seguir todas as instruções para prática do esporte, como por exemplo, o uso da cordinha no pé para que a prancha não se distancie no momento de uma eventual queda. “Cair na água você vai cair. É normal. Claro que é necessário ter alguns cuidados. Mesmo que a pessoa saiba nadar, sempre é importante que ela tenha a cordinha no pé, porque é um equipamento de segurança”, orienta.

O stand up virou febre na Guarda do Embaú, praia de Palhoça, na Grande Florianópolis. Lá tem um rio que circunda a areia da praia e torna o local especial para iniciantes na modalidade. Sem ondas, fica mais fácil se equilibrar e dar as primeiras remadas. 

“O lance é não ficar ‘durão’. É só deixar as pernas em paralelo, flexionar um pouco os joelhos e remar, duas vezes de cada lado”, ensina Cristiano dos Santos, instrutor de surfe e dono de uma “barraquinha” onde aluga stand up e pranchas menores. 

São R$ 40 de aluguel para remar uma hora. Se quiser só 30 minutos, paga R$ 25. “É legal alugar uma hora, principalmente se estiver em família, aí todos podem andar. Cada um brinca um pouco”, sugere Cristiano. 

Fábio Oliva, 37 anos, se divertia com o filho adolescente e a esposa na areia. Ele é de Niterói, Rio de Janeiro, onde a prática de S.U.P é mais antiga. “Lá ‘já rola’ há mais tempo. Está uma febre mesmo. E agora vi que aqui no Sul pegou também. Em diversas praias que fomos tinha uma galera praticando”, comenta.

Depois de muito alugar, ele resolveu mandar fazer duas para carregar onde fosse. Foi até Florianópolis e comprou de um ‘shaper’ local. “Paguei R$ 2.5 mil cada uma, com remo, quilhas, completinha. Essa é a mais em conta. Há pranchas de R$ 5 mil. Existem remos que custam mais de R$ 1 mil. Depende do que cada um quer”, diz. 

De acordo com Cristiano dos Santos, os preços variam de acordo com a marca e o modelo. Em geral, são três os tamanhos mais comuns. Existem as de passeio, como as utilizadas pelos turistas. Têm as menores e mais aconselháveis para quem possui mais habilidade e gosta de pegar onda com o S.U.P e, por fim, as de travessias oceânicas, que são maiores, mais ‘gordas’ e estáveis”, explica. 

“Gosto muito destas de passeio porque posso vir para a praia e me divertir com a família. O surfe, que também pratico, é mais individual. No stand up posso remar com meu filho, com minha esposa, e até mesmo colocar meu filhinho menor sentado em cima da prancha e dar uma volta com ele. É um passeio delicioso”, complementa Fábio Oliva.

Itens principais: Quem quer praticar o SUP precisa de prancha, com quilhas, antiderrapante e remo. Há pranchas de onda e de remada. São modelos diferentes e também existe a ‘Race’ que é para remada longa, não indicada para iniciantes. 

Medida: As medidas das pranchas funcionam da seguinte forma: Exemplo: 9.6 ( nove pés e seis polegadas) – 10.0 (dez pés) 

Acessórios: Uma capa de proteção, e a cordinha do Leash [Cordinha de poliuretano que serve para segurar os pés do praticante e impedir que a prancha se distancie na hora da queda]. Protetor de borda para não pegar o remo na borda e não quebrar. 

Valores: Em média um kit completo varia de R$ 2.7 mil a R$ 3.3 mil dependendo do remo. Existe o de iniciante e o de fibra de carbono que é mais avançado.

Aulas: As aulas de stand up custam em média R$ 70 por hora. O valor pode ser reduzido dependendo do número de praticantes
Na praia: Uma hora de aluguel de stand up varia de R$ 30 a 50, depende da praia. 

Locais para começar a praticar: O stand up para iniciantes normalmente é praticado na baía de Porto Belo. Também pode ser feito em lagos, represas e na praia quando está calminha. A Meia-Praia, em Itapema é uma boa opção. A Praia Brava, também é normalmente escolhida, mas exige mais experiência dos praticantes pela velocidade de suas ondas. 

Escolas indicadas: Surfe no Pé escola de Surf (Balneário Camboriú) e Ilha Wind S.U.P (Porto Belo)