STJ nega habeas corpus e Everton Cunha continua preso
Pedido de soltura já havia sido negado anteriormente pelo TJ-SC
Pedido de soltura já havia sido negado anteriormente pelo TJ-SC
O ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou habeas corpus apresentado pela defesa de Everton Cunha. O indeferimento da liminar ocorreu na última segunda-feira, 28.
A defesa de Cunha, condenado em primeira instância por envolvimento em acidente de trânsito com duas mortes, recorreu ao STJ – a terceira instância – depois que, no final de setembro, o mesmo pedido havia sido negado em segundo grau, no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC).
Em seu despacho, o ministro Mussi considerou que o pedido foi apresentado por uma via inadequada, pois o STJ já firmou entendimento no sentido “de não mais admitir o emprego do habeas corpus para contestar decisão contra a qual exista previsão de recurso específico no ordenamento jurídico”.
Com isso, o ministro negou a liminar porque avaliou que não houve ilegalidades, tampouco constrangimento ilegal no caso analisado.
Cunha foi condenado pelo tribunal do júri da Comarca de Brusque, em 23 de agosto deste ano, a nove anos e seis meses de prisão, em regime inicialmente fechado, pelo homicídio de Silciane de Fátima Stivanin, 37, e Joanir Quevedo dos Santos, 35.
O acidente aconteceu em 12 de março de 2016, na rodovia Gentil Batisti Archer, que liga Brusque a Nova Trento. Além do casal, estava no carro o filho de Silciane, de 13 anos. Ele ficou gravemente ferido, foi socorrido ao Hospital Azambuja e sobreviveu.
De acordo com a investigação da Polícia Civil, Cunha voltava de um costelaço na cidade de Canelinha, na companhia de Luiz Antônio Marchi, que também ficou ferido.
Após o choque, Cunha acionou o Corpo de Bombeiros e saiu do local. Posteriormente, ele alegou que testemunhas o ameaçaram e, por medo de ser agredido, ele decidiu deixar o local antes da chegada do socorro.
Depois de se entregar, ele ficou preso por um mês e saiu em liberdade provisória porque o TJ-SC lhe concedeu habeas corpus. Posteriormente, neste ano, ele foi condenado pelo tribunal do júri e recebeu o benefício de recorrer em liberdade.
Contudo, Cunha foi flagrado em um bar, o que violaria as condições para ele ficar em liberdade. Com isso, a prisão foi decretada e ele foi para a Unidade Prisional Avançada (UPA), onde permanece.