Subtenente do Tiro de Guerra explica importância de projeto para criar ajuda de custo a atiradores de Brusque
Requerimento que sugere criação do auxílio para jovens de baixa renda da corporação foi aprovado na Câmara na última semana
Requerimento que sugere criação do auxílio para jovens de baixa renda da corporação foi aprovado na Câmara na última semana
O requerimento do vereador Jean Dalmolin (Republicanos) foi aprovado na Câmara de Brusque no último dia 14 sugerindo a criação de uma ajuda de custo mensal aos jovens atiradores de baixa renda. Em outras cidades do Brasil, essa já é uma realidade.
Subtenente do Tiro de Guerra 05-005, Ivan Silva Santos explica que os atiradores, de forma geral, não são incorporados e não recebem um provento para prestar o serviço militar inicial, diferente de um soldado quando ele é incorporado à ativa, que recebe um soldo de recruta.
Diferente dos quartéis convencionais, os recrutas do Tiro de Guerra permanecem cerca de duas horas por dia no quartel. Desta forma, podem conciliar o serviço obrigatório com algum trabalho ou estudo, mas não recebem remuneração do Exército.
“O atirador é matriculado e, ao fim do ano, 100% deles são desligados do curso e não recebem nenhuma remuneração. Porém, para se manter aqui, eles têm um gasto mensal. Eles têm que fazer barba todos os dias, engraxar o coturno, corte de cabelo a cada 15 dias, além do deslocamento. Como não recebem nenhum valor, surgiu essa possibilidade de o vereador levar à frente essa necessidade dos atiradores”, explica o subtenente.
De acordo com Ivan, a maioria dos atiradores de Brusque já tem trabalho e não tem dificuldade de manter esses gastos. “A ideia é realmente é que os atiradores mantenham a vida normal. O valor previsto não é alto, nenhum deles vai deixar de trabalhar por causa da ajuda de custo, é para realmente manter as necessidades básicas para ele se manter”.
O valor sugerido seria em torno de R$ 200 por mês, reajustado anualmente baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Atualmente, dos 100 atiradores do TG 05-005, 28 estão desempregados. A responsabilidade por encaminhar a lista dos atiradores que atendem aos requisitos ficaria por conta do chefe de instrução do TG.
“Temos que ver a renda familiar e reunir os dados para identificar quantos se encaixam nos critérios. O TG tem uma sensibilidade grande em relação ao atirador, a ideia é sempre ajudar. O atirador é diferente de um soldado incorporado. Quem vai ser beneficiado, é quem precisa realmente”.
O texto de Dalmolin solicitou o envio de expediente à prefeitura para que envie à Câmara projeto de lei que institua a ajuda de custo aos integrantes de família classificada como baixa renda, que estão prestando serviço militar obrigatório no TG 05-005.
Dalmolin conta que outros municípios pelo país já adotaram essa medida, que objetiva possibilitar com que atiradores voluntários, que muitas vezes não possuem capacidade financeira para cumprir com as exigências do curso, possam custear despesas como o transporte e os itens necessários à manutenção do fardamento e ao asseio pessoal.
Na proposição formulada por Dalmolin, os atiradores precisariam ser integrantes de famílias de baixa renda, com renda de até meio salário mínimo por pessoa ou até três salários mínimos de renda total mensal. Além disso, eles teriam que estar registrados no CadÚnico.
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