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Sujo falando do imundo

Não sei descrever meu sentimento a véspera de mais uma eleição municipal. Não sei dizer se é de tristeza, vergonha, decepção ou de medo. 
Tomando por base o que se tornou mais essa campanha eleitoral acho que posso dizer que é uma mistura de todos eles e mais alguns. Sem perspectivas acho que define melhor como estou me sentindo.
É triste ver redes sociais, meios de comunicação etc, utilizados para acusações de todos os tipos, agressões verbais, brigas e discussões, onde cada parte acha ser a dona da verdade e nada de importante, interessante ou produtivo é acrescentado à nossa sociedade. Utilizam de pequenos buracos e obras inacabadas a tragédias familiares para atacarem uns aos outros.
É uma grande vergonha ver os que antes “mamavam” nas tetas do governo, hoje se fazerem de puros e defensores da moralidade, e mais, fazerem duras críticas aos que agora “mamam” sem o mínimo pudor e embaraço de olhar pro seu passado.

Ver pessoas que passaram toda sua vida penduradas em cabides, agora criticando quem ocupa seus lugares, esperando um resultado da urna que os favoreçam para então derrubarem os que lá se encontram e começarem a fazer tudo igual.  Os que antes criticavam e faziam oposição, fizeram e fazem as mesmas coisas que os que lá (no poder) estiveram,  perdendo a oportunidade que tiveram nas mãos de transformar a política e administração de nossa cidade. São os sujos falando dos imundos e vice versa. 

A lei da ficha limpa está batendo à nossa porta, uma conquista muito importante para nossa sociedade e que deve ser muito comemorada com certeza, porém, ainda não a vemos sendo aplicada com eficiência.  Infelizmente, parece que esquecemos o passado quando algo nos favorece senão, até quando vamos precisar de decisões judiciais para definir em quem devemos ou não votar? 
Aos leitores e eleitores desejo um excelente fim de semana e digo-lhes que ainda dá tempo de analisar e pensar bem em quem merece seu voto. O meu, antes que eu seja rotulado com alguma posição política, lhes digo que será 00. 
Por Juliano Dell’ Agnolo
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