Supermercados de Brusque afirmam que população não precisa estocar produtos
Pessoas têm feito compras sem necessidade, esvaziando prateleiras e dificultando trabalho de repositores
Pessoas têm feito compras sem necessidade, esvaziando prateleiras e dificultando trabalho de repositores
Não é necessário comprar produtos em grande quantidade para estocá-los em meio à pandemia do coronavírus (Covid-19). Além de o presidente da Associação Catarinense de Supermercados (Acats), Paulo Cesar Lopes, ter dado declarações neste sentido, dirigentes de estabelecimentos brusquenses repetem que não faz sentido estocar produtos quando não há qualquer previsão de falta de abastecimento. A preocupação se dá quando, ao mesmo tempo em que o comércio fecha e as pessoas buscam isolamento, há grandes aglomerações nos mercados.
O sócio-proprietário dos Supermercados Carol, Ivan Tripadalli, explica que o produto mais afetado pelo grande movimento do público é o álcool em gel, mas que há muito em estoque para matriz e filiais.
“O Carol não é diferente dos outros supermercados. Há uma procura muito grande por produtos. O governo do estado, afinal, está liberando a abertura dos mercados, que é um serviço essencial, então vamos estar abertos, e os produtos não vão acabar. Senão houvesse este movimento, as prateleiras estariam cheias, como de costume.”
Perguntado se deveria haver um controle no limite de pessoas nos supermercados, Tripadalli sugere que “dependendo da situação, a própria polícia acabará fazendo isso, mais cedo ou mais tarde.”
O proprietário do Otto Atacarejo, Alcir Otto, relata que o movimento maior começou, de fato, na terça-feira, 17. “Acredito que é muito cedo para estocar produtos. O supermercado trabalha com o dobro do que está exposto ao público. Aliás, não sabemos nem se a pandemia chegará na cidade, são medidas preventivas. Mas as pessoas estão preventivas ao ponto de comprar para casa o que nem precisarão”, relata.
Otto afirma também que o fato de muitas prateleiras estarem vazias é a quantidade que o público tem comprado, além da velocidade. Desta forma, os repositores sequer conseguem repor as prateleiras, apesar de haver, sim, estoque para tal.
“Chegamos a pedir para que viesse às compras apenas uma pessoa por família. Não é nem sobre o público, é na própria casa, não no risco de levar a doença para fora, mas de trazer, por causa das aglomerações. De qualquer forma, temos tomado todas as precauções.”