Suspeita de matar marido com marretadas em SC é presa
Ela fugiu com os filhos e estava foragida há cerca de três meses
Na manhã de sexta-feira, 9, a principal suspeita de matar Anderson Leandro em Joinville foi presa. O crime ocorreu em 5 de julho deste ano e ela era considerada foragida há cerca de três meses, desde que foi emitido mandado de prisão. Ela era esposa da vítima, levou os filhos na fuga, e foi encontrada em Florianópolis.
Conforme a advogada Aline Tomaz, que representa a família da vítima junto da advogada Sarita de Paiva, informou ao jornal O Município Joinville que a suspeita foi encontrada após descobrirem que os filhos estavam matriculados em uma escola da capital. Com autorização da justiça, foi possível obter o endereço registrado na secretaria do colégio e, com o apoio da Polícia Civil de Florianópolis, a prisão foi feita.
A prisão ocorreu por volta das 8h e foi feita pelo delegado Enio, da Delegacia de Homicídios. A advogada também destacou que foi verificado que a suspeita mudava de endereço constantemente, mesmo em Florianópolis, o que dificultou a sua localização.
Na audiência de custódia, a juíza manteve a prisão e justificou que pelo fato da esposa ter fugido, e ainda exposto as crianças, de 11 e 12 anos, à situação de fuga, a decisão era necessária para o andamento do processo. A suspeita responde atualmente por três processos, sendo um do homicídio e dois de crime contra o patrimônio.
Filhos
A família da vítima não vê os filhos de Anderson desde o mês de julho. Após a prisão da suspeita, eles ficaram aos cuidados da irmã, por parte de mãe, que tem 19 anos e morava com eles em Florianópolis.
De acordo com a advogada da família, a situação era considerada de risco para os filhos, pois foram submetidos à fuga. Um pedido de guarda provisória das crianças já foi feito e aguarda a decisão do juiz.
O crime
Anderson Leandro foi morto com golpes de marreta e faca na cabeça, na madrugada do dia 5 de julho deste ano. A principal suspeita teria confessado o crime e alegou legítima defesa. Dois meses após o caso, a família de Anderson ainda não conseguiu contato com as crianças, filhos do casal, que têm 11 e 12 anos.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Dirceu Silveira Júnior, a fase de investigação policial foi concluída e o inquérito encaminhado para o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC). Ele destaca que não ficou clara a motivação do crime. Embora a autora dos golpes tenha alegado legítima defesa, há “requintes de crueldade”, segundo o delegado, na forma que Anderson foi morto.
No procedimento de perícia, o corpo de Anderson foi encontrado fora de casa, dentro de um carrinho de mão. A mulher teria arrastado a vítima para fora, tentado colocar no porta malas e não conseguiu, então decidiu deixar o corpo no quintal. Segundo o delegado, além de remover ele do lugar, a mulher limpou a cena do crime, o quarto do casal.
Investigação
Para o delegado, o inquérito não deixou nenhuma dúvida quanto à brutalidade e intenção do ato. Dirceu reforça que, embora não se conheça a realidade de cada família, não foram encontradas evidências de agressão por parte de Anderson que justifiquem as marteladas e facadas. A mulher teria alegado que o marido tentou sufocá-la com um travesseiro.
Na mesma semana do crime, a suspeita se apresentou na delegacia para prestar depoimento. Mas desde aquele dia no Centro, a família da vítima não teve mais contato com ela.
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