Tarifa de ônibus interestaduais será cobrada inteira mesmo se o passageiro descer antes do destino final

Mudança é uma resolução da ANTT divulgada em junho de 2015

Tarifa de ônibus interestaduais será cobrada inteira mesmo se o passageiro descer antes do destino final

Mudança é uma resolução da ANTT divulgada em junho de 2015

Desde quinta-feira, 1, quem utiliza ônibus interestaduais para viagens dentro de Santa Catarina está precisando desembolsar o valor total da passagem mesmo desembarcando antes do destino final da linha. A mudança é uma resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgada em junho de 2015.

O prazo final, estipulado para um ano e seis meses após a divulgação da medida, foi definido para as empresas se adequarem à nova regra. Segundo o diretor de transportes do Departamento de Transportes e Terminais (Deter), Amarildo Matos de Souza, a iniciativa da mudança partiu da própria ANTT.

“Não foi do Deter que partiu essa iniciativa, foi da própria ANTT. Agora, por exemplo, um passageiro que viaja com a linha Florianópolis/Curitiba, mas que desembarca em Joinville, vai ter que pagar o valor total até Curitiba”, explica.

Mesmo que não seja iniciativa do Deter, o órgão apoia a mudança, sobretudo, explica Souza, porque obriga as empresas a voltarem com as linhas intermunicipais. Dessa forma, diz, a arrecadação com as passagens fica em Santa Catarina. Além disso, ele afirma que as linhas intermunicipais causam menos prejuízos aos passageiros já que os atrasos são menos comuns do que os que ocorrem nas linhas interestaduais.

“Em relação à arrecadação, quando o passageiro pega uma linha interestadual e desembarca aqui em Santa Catarina, esse valor vai para o governo federal. Agora, na linha intermunicipal fica no estado”, diz.

Souza assegura que o Deter já fez contato com algumas empresas de ônibus, que garantiram retomar as linhas intermunicipais que estavam desativadas. Caso isso não ocorra, afirma o diretor, o órgão dará autorização para outras empresas atuarem com linhas intermunicipais.

“As empresas falaram que estão se adequando e estão preparadas. Se tiver bastante movimento, elas poderão aumentar o número de horário disponível. Nós estamos verificando isso e vamos monitorar a situação para que o passageiro não seja prejudicado”, diz.

A reportagem se deslocou até o guichê da Catarinense – única empresa que tem linhas interestaduais que possibilitam a parada no mesmo estado de origem da viagem – e constatou que as passagens seguem sendo vendidas com os mesmos valores praticados antes da resolução em vigor. Não foi possível obter contato com a assessoria de comunicação da empresa.

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