Tataraneta do fundador do Colégio Cônsul Carlos Renaux visita a escola nas comemorações dos 150 anos
Karen Sandreczki conheceu o legado do tataravô, o pastor Heinrich Sandreczki
As comemorações dos 150 anos do Colégio Cônsul Carlos Renaux, na última semana, tiveram a presença de Karen Sandreczki, tataraneta do pastor Heinrich Sandreczki, fundador da instituição e primeiro pastor residente da comunidade luterana de Brusque.
Natural de Kansas City, no estado do Missouri, nos Estados Unidos, Karen ficou uma semana em Brusque e pode conhecer de perto a escola fundada pelo avô e participar de diversas atividades com os estudantes, além de ser homenageada em nome da família.
O professor de Ensino Religioso e Projetos Sociais da escola, Nathan Krieger, conta que durante o planejamento das ações para o aniversário de 150 anos da instituição, pensou-se muito sobre o fundador, o pastor Sandreczki e toda a sua trajetória na cidade.
“Ele foi o primeiro pastor luterano da cidade. Começou a escola com quatro alunos. Teve uma visão, naquele tempo, enquanto pastor, de empreender, de fazer a escola junto com a igreja. Na autobiografia dele, menciona com carinho o vínculo que teve com Brusque, por tudo o que começou, e pensamos em uma forma de fazer algo diferente”.
Após encerrar as atividades em Brusque, pastor Sandreczki foi para a Europa e logo para os Estados Unidos, onde passou o resto da vida. “Tivemos a informação de que ele foi sepultado na cidade de Buffalo, em Nova York, mas até então, nunca tivemos contato ou nenhum familiar dele retornou para Brusque para ver o lugar onde ele começou”.
O professor conta que surgiu, então, a ideia de ir em busca de algum descendente do fundador do colégio. “Me propus a procurar e iniciei a busca pelas redes sociais. Fui pelo sobrenome, perguntando, até que encontrei a Karen no Facebook”.
Nathan e a tataraneta do fundador começaram a conversar em setembro do ano passado, e após algum tempo, ela confirmou ser descendente de Sandreczki. “Ela conversou com o tio dela, que é um dos historiadores da família, e confirmou. Ela não tinha conhecimento sobre a escola. A família não tinha ideia do que era o Colégio Cônsul, de Brusque”.
Ao saber do legado do tataravô, Karen começou a acompanhar a escola pelas redes sociais. Em Brusque, surgiu então, a ideia de convidá-la para participar das comemorações do sesquicentenário do colégio, no dia 20 de abril.
“Fizemos o convite e ela conseguiu vir. Foi muito bacana. Ela conheceu a escola, a comunidade e interagiu com os alunos. Só a presença dela aqui na escola acabou sendo uma homenagem. Ela ficou encantada com a história da comunidade e que o legado que o familiar dela iniciou, permanece”.
Karen atualmente vive na cidade de Herndon, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos e trabalha como professora de matemática na Faculdade Comunitária do Norte da Virgínia, a North Virginia Community College.
“Foi muito legal para nós poder expressar essa gratidão, não só a ele, mas a todos os outros que ajudaram a construir a história da comunidade. Foi uma visita histórica, ela saiu encantada com tudo o que ela viu, pela continuidade da história do tataravô dela. Ficamos muito felizes pela oportunidade”, destaca o professor.