Taxistas de Brusque pedem reajuste da tarifa

Aumento varia de 12,5% na bandeirada a 20,5% no valor do quilômetro rodado; prefeitura ainda analisa proposta

Taxistas de Brusque pedem reajuste da tarifa

Aumento varia de 12,5% na bandeirada a 20,5% no valor do quilômetro rodado; prefeitura ainda analisa proposta

O Sindicato dos Taxistas Autônomos de Brusque protocolou na prefeitura pedido de reajuste da tarifa, o que incluiria mudanças em todas as bases de cálculo: bandeiras 1 e 2, bandeirada e quilômetro parado. O menor reajuste é estipulado para a bandeirada (valor inicial marcado no taxímetro, ao entrar no veículo), que passaria de R$ 4 para R$ 4,50, reajuste de 12,5%. O maior reajuste solicitado está na tarifa da bandeira 1, a mais barata. Se aprovada a solicitação, o valor do quilômetro rodado iria dos atuais R$ 2,82 para R$ 3,40.

Conforme o presidente do sindicato, Modesto Bertoldi, a solicitação visa correção da tarifa, que não é reajustada desde 2012. Ele afirma que, se a prefeitura aceitar o pedido, os taxistas abrem mão de cobrar a bandeira 2 durante todo o mês de dezembro, como forma de não onerar o usuário. Atualmente, em acordo com o município, é definido que eles podem cobrar, durante o último mês do ano, tarifa mais cara, como forma de abono salarial. O decreto concedendo esse benefício deve ser publicado em até dois dias.

“Aproveitamos para pedir o reajuste agora, para o usuário não sentir muito. Se conseguirmos essa tarifa, não trabalharíamos na bandeira 2. Bertoldi elenca, além dos dois anos sem reajuste, outros motivos para a solicitação de aumento da tarifa. “Todas as cidades da região já concederam reajuste”, diz, acrescentando que as tabelas dos valores cobrados nas cidades vizinhas foram anexadas ao pedido de aumento no preço da corrida.

Além disso, o presidente do sindicato ressalta, também o aumento do custo do combustível, como fato gerador de nova despesa aos taxistas. “O que estamos pedindo é menos do que a atual tarifa de Balneário Camboriú, que também está pedindo aumento novamente”, acrescenta Bertoldi.

Só quem pode definir o tamanho do aumento na tarifa é a prefeitura, mediante decreto. A Procuradoria Geral do município confirma o recebimento do pedido de reajuste. Conforme a subprocuradora Sonia Crespi, o documento foi encaminhado para a análise da Secretaria de Trânsito e Mobilidade (Setram). “Tem que fazer uma planilha de cálculos para ver o que está sendo requerido está de acordo com os parâmetros”, diz.

Depois do parecer da Setram, a prefeitura expede o decreto regulamentando a taxa e autorizando o reajuste, se entender que o pedido é justo. Caso contrário, há negociação com o o sindicato. O presidente do sindicato espera decisão do município, com a publicação do decreto, nos próximos dois dias.

Proposta de reajuste
Tipo de tarifa / Hoje / Valor pedido / Proporção

Bandeirada / R$ 4 / R$ 4,50 / +12,5%
Quilômetro rodado (bandeira 1) / R$ 2,82 / R$ 3,40 / +20,5%
Quilômetro rodado (bandeira 2) / R$ 3,40 / R$ 3,84 / +12,9%
Quilômetro parado / R$ 24 / R$ 28 / +16,6%
O valor da corrida

1. A cobrança da corrida do táxi começa no instante em que o passageiro entra no carro. Nessa hora, o taxímetro começa a funcionar, exibindo no visor o valor da chamada tarifa inicial. Em Brusque, hoje, essa tarifa é de R$ 4.
2. Em seguida, entra em ação um microprocessador embutido no taxímetro. É ele que identifica quando o carro está andando ou parado. A partir desses dados, o microprocessador adiciona um determinado valor à tarifa inicial.
3. Para saber se o táxi está andando ou não, o microprocessador precisa estar conectado ao odômetro, uma peça presa ao eixo do carro que calcula a quilometragem percorrida. A distância que o odômetro mede serve de base para o cálculo da corrida.
4. Com o carro andando, o microprocessador recebe pulsos elétricos do odômetro. A cada quilômetro percorrido, a conta cresce. O valor depende do dia e da hora: De segunda a sábado, das 6 às 20h (bandeira 1), o quilômetro custa R$ 2,82. Se for noite, domingo ou feriado (bandeira 2), o valor vai para R$ 3,40
5. Quando o táxi está parado, o taxímetro não recebe pulsos elétricos, mas a corrida fica mais cara a cada minuto parado, que em Brusque custa 40 centavos. A conta final é proporcional à distância rodada e ao tempo parado.

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