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Teatro do Cescb apresenta espetáculo O Conto da Ilha Desconhecida

Grupo de Teatro Kabana, de Minas Gerais, é responsável por apresentar a adaptação da obra do escritor José Saramago em Brusque

O palco do Centro Empresarial, Social e Cultural de Brusque (Cescb) recebe hoje o espetáculo “O conto da Ilha Desconhecida”, do Grupo de Teatro Kabana, de Sabará, Minas Gerais. O espetáculo é uma adaptação do conto do escritor português José Saramago e faz parte da Temporada de Teatro do CESCB.
O espetáculo roda pelo Brasil desde 2007, quando o grupo recebeu a permissão para adaptar a obra do escritor. “Escrevemos para ele e falamos da nossa vontade de adaptar a sua obra. Ele aprovou e então começamos o trabalho de adaptação”, destaca a responsável pela adaptação, Nélida Prado.
De acordo com a produtora, a mesma história é direcionada para públicos diferentes. “Esse é um texto que tem duas formas de ser lido. A criança quando assiste entende aquela história linear, simples, que é a vontade que o personagem tem de ter um barco. Já o adulto, quando assiste a mesma peça, tem outra leitura, enxerga a história que está nas entrelinhas, que é a busca do ser humano em sair do comodismo, a vontade que temos de tentar sempre, de buscar o impossível. Isso que é o gostoso deste trabalho”, explica.
Pela primeira vez em Brusque, a expectativa do grupo mineiro é atrair um bom público ao teatro. “Temos a oportunidade de levar o Saramago para qualquer lugar, isso que é bacana. O Saramago é um autor que gostamos, seguimos o seu pensamento, a sua filosofia de vida e com o espetáculo temos a oportunidade de mostrar isso para o público infantil em uma linguagem simples e, ao mesmo tempo, levar Saramago para os adultos”, destaca.
No palco, dois intérpretes e dois músicos são os responsáveis por contar a fábula. “A música ajuda a conduzir a história. É parte fundamental do espetáculo. É mais um elemento para atrair a atenção das crianças e também chamar os adultos”, afirma.
O Grupo de Teatro Kabana

O grupo Kabana está nos palcos há 33 anos. “Temos uma longa trajetória. Buscamos levar ao público sempre uma linguagem popular, usando muito o teatro de bonecos e o circo, além da música que tem uma presença forte em nossos espetáculos”, conta Nélida.
No início de sua fundação, o grupo voltou sua pesquisa para o teatro popular e para o circo teatro, tendo como referência o conhecimento e prática do Grupo União e Olho Vivo, dirigido por César Vieira.
A participação do grupo na Oficina de Teatro de Rua, ministrada pelo Teatro Livre de Munique, em Minas Gerais, abriu novas possibilidades de pesquisa. Nessa mesma linha, os novos conceitos da linguagem teatral trazidos pelos italianos dos grupos Tascabile e Potlash, rechearam a bagagem do grupo.
Os Festivais de Inverno da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), importante espaço de resistência, pesquisa e encontros artísticos da época, foram determinantes para o desenvolvimento da experimentação e fortalecimento do grupo. Ali, durante 12 anos, em conjunto com outros artistas, o grupo ministrou oficinas que integravam o circo, o teatro, a dança e a literatura.
Em sua trajetória, o grupo se dedicou à pesquisa, montagens e oficinas, à criação e circulação de pequenos esquetes, que ocupavam espaços múltiplos e alternativos e que foram determinantes para a sobrevivência e experiência do grupo que já passou pelos principais palcos do Brasil.
Serviço
O que: O Conto da Ilha Desconhecida
Quando: Hoje, 17 de julho
Onde: Teatro do CESCB
Horário: 9h e 19h30
Ingressos: R$ 4