“Temos que ver o Azambuja como solução, não como problema”, diz administrador do hospital na Câmara
Ele apresentou os números da entidade e falou sobre a renegociação do contrato com a prefeitura
Ele apresentou os números da entidade e falou sobre a renegociação do contrato com a prefeitura
O administrador do Hospital Azambuja, Evandro Roza, esteve na sessão da Câmara de Vereadores nesta terça-feira, 3, para passar um panorama das atividades da instituição durante os primeiros meses do ano. A presença de Roza foi solicitada pelo vereador Marcos Deichmann (Patriotas).
De acordo com Roza, de dezembro do ano passado, até metade de março, o hospital realizou 3.595 internamentos, sendo a maioria em janeiro, com 1.021. No ano anterior, foram 12.084 internamentos.
O administrador destacou que um dos principais objetivos é descobrir a origem dos pacientes do pronto-socorro e, assim, tentar diminuir as filas. “Temos que pensar como os postos de saúde estão trabalhando. Tenho informação que são feitos só dez atendimentos por dia e isso reflete no Azambuja. Nosso limite é muito alto já”.
Ele também lembrou que o pronto-socorro é destinado para urgências e emergências, que são prioridade no atendimento. “Muitos pacientes não entendem que estamos atendendo muitas emergências. Teve um dia que chegou oito acidentados e a prioridade são esses atendimentos. As pessoas ficam impacientes, mas muitas deveriam ter sido atendidas na unidade de saúde”.
O administrador afirmou ainda que as negociações do contrato do hospital com a Prefeitura de Brusque estão iniciando e devem se encaminhar para um acordo. “Contra fatos não há argumentos. Temos no contrato seis mil atendimentos, mas estamos fazendo oito mil. No entendimento do hospital, é preciso fazer alguns ajustes”.
Segundo ele, várias reuniões devem ser realizadas para tratar do assunto. “Tem que ver o Azambuja como solução, não como problema. Sabemos as dificuldades do município, mas o hospital tem que sobreviver também”.
O administrador também lembrou da importância do auxílio financeiro de Guabiruba e Botuverá, que são atendidas pelo hospital. “Já conversei com os prefeitos de Botuverá e Guabiruba, eles sinalizaram auxílio de R$ 5 mil e 10 mil, mas até agora não aconteceu. O valor não é muito, mas já ajuda o hospital”.
Durante seu tempo na Câmara, Roza também abordou a questão da defasagem da tabela SUS, por exemplo. Segundo ele, o governo paga R$ 447 para cada cesárea realizada no hospital, o que é um valor muito abaixo do custo deste tipo de cirurgia. “Fizemos um cálculo só com base no INPC dos últimos anos e chegamos ao valor de R$ 13 milhões de defasagem da tabela SUS”.