Terceira subestação da Celesc é inaugurada em Brusque
Estrutura já está energizada e aumenta a oferta de eletricidade para a região em 25%
A terceira subestação da Celesc em Brusque, situada na rua São Pedro, bairro de mesmo nome, foi inaugurada na manhã desta sexta-feira, 4. A cerimônia de inauguração teve a presença do governador Carlos Moisés da Silva, do presidente da empresa de energia, de políticos locais e de representantes de entidades.
Carlos Moisés concedeu uma breve entrevista à imprensa. Ele afirmou que Celesc tem mapeado as necessidades de aumento de demanda nas macrorregiões.
“O nosso estado cresce acima da média brasileira, a taxa de desemprego é 6%, metade da do Brasil, que é 12%. Estamos produzindo, crescendo e gerando renda, mas sem energia o empresário não pode continuar produzindo”, disse Moisés.
O governador acrescentou que as empresas públicas e de economia mista estão sendo administradas por técnicos que tomam decisões criteriosas. Carlos Moisés disse que é importante investir com planejamento para melhorar os serviços.
“São escolhas para gerar o crescimento, porque sem crescimento não vamos conseguir entregar segurança, saúde e educação. Primeiro tem que investir em infraestrutura ferroviária, rodoviária, aeroviária, portuária e de energia, para que o estado continue crescendo. Nosso estado é eficiente por excelência e inovador, sem energia não pode prosseguir nesta velocidade”, afirmou o governador.
Crescimento econômico
A Associação Empresarial de Brusque (Acibr) lutava pela subestação há mais de dez anos. Nesta sexta, três dias antes de passar o cargo de presidente, Halisson Habitzreuter participou da inauguração.
“Hoje é um dia magnífico para a entidade. É uma história de mais de cinco mandatos e chegou o tão sonhado dia da inauguração, para nós é uma conquista não só para os empresários, mas para as cidades de Brusque, Guabiruba e Botuverá que vão conseguir melhor qualidade e mais quantidade de energia”, declarou o presidente da Acibr.
Habitzreuter avalia que o aumento da oferta de energia vai propiciar que os empresários ampliem seus negócios, sobretudo industriais. Isso deve levar à geração de emprego.
Jonas Paegle, prefeito de Brusque, também destacou os benefícios econômicos. “A importância da subestação é que Brusque e região estaõ crescendo, este ano já gerou mais de 3,2 mil empregos e até fim ano espera-se que chegue a 4 mil”.
Para Matias Kohler, prefeito de Guabiruba, a subestação é importante para a município, que tem tido forte expansão econômica nos últimos anos. “Vem trazer alento na perspectiva de planejamento de novos negócios, porque até então tinha a vontade de novos negócios e ampliação dos existentes. Agora essas novas linhas são um fator que vai impulsionar o crescimento econômico da nossa cidade”.
Longo caminho
O vice-prefeito de Brusque, Ari Vequi, lembrou que a necessidade mais uma subestação da Celesc é algo que iniciou em 2010. Vequi esteve na Celesc na gestão de Cleverson Siewert e acompanhou o processo de perto.
Vequi contou que na época falava-se que a subestação deveria se localizar na Antônio Heil. A escolha da localização foi um dos entraves enfrentados pela Celesc na época.
Neste ano, outro problema que surgiu foi para a desapropriação do terreno por onde passam as linhas de transmissão. Vequi e a prefeitura tentaram negociar com os proprietários, mas, sem sucesso, foi preciso acionar a Justiça.
O vice afirmou que a Acibr foi fundamental ao longo desses anos. “Essa obra deve muito às entidades lideradas pela Acibr, que teve no mínimo cinco audiências em Florianópolis com vários presidentes e governador”.
“É a terceira subestação e acreditamos que teremos energia de qualidade para a nossa cidade e região”, disse Vequi.
Mais 25% de energia
Cleicio Poleto Martins, presidente da Celesc, afirmou que a empresa tem interiorizado os investimentos com base em dados técnicos. Ele destacou que o governador lhe deu liberdade para selecionar diretores e gerentes conforme o critério técnico.
O presidente explicou que essa subestação aumenta a oferta de energia em 25% em Brusque, Guabiruba e Botuverá. Foram R$ 12,3 milhões em investimento, sendo R$ 8,5 milhões na construção e o restante para a ligação com a rede.
A subestação do São Pedro tem capacidade instalada para 40 mega-volt-amperes (MV), mas já tem espaço para mais um transformador de mais 40 MVA para o futuro. “Já prospectamos não só para a necessidade atual, mas também para o futuro”, disse Martins.