Terreno da antiga Associação da Schlösser desperta interesse do ramo imobiliário

Imóvel está há mais de dez anos para ser vendido; valor do negócio será usado para quitar dívidas trabalhistas da empresa

Terreno da antiga Associação da Schlösser desperta interesse do ramo imobiliário

Imóvel está há mais de dez anos para ser vendido; valor do negócio será usado para quitar dívidas trabalhistas da empresa

Neste início de 2024, o terreno que abrigava a antiga Associação da Companhia Industrial Schlösser tem sido alvo de grande interesse por parte de investidores do ramo imobiliário. Esta movimentação traz uma nova esperança aos ex-funcionários da empresa, que aguardam desde 2011 para receberem o total de suas indenizações trabalhistas.

Localizado em uma área nobre da cidade de Brusque, no Centro, o terreno é uma área plana, sem riscos de deslizamentos ou enchentes, o que o torna ainda mais atrativo para investimentos imobiliários. Com uma área total de 27,18 mil metros quadrados, o terreno tem sido avaliado em R$ 15 milhões.

No entanto, os responsáveis pela SCTS Administradora de Bens Imóveis Ltda, que gerenciam o local, afirmam que a venda pode ser concretizada a partir de R$ 10 milhões, desde que aprovada em assembleia com todos os trabalhadores, ex-funcionários da Companhia Industrial Schlösser.

“Propostas menores que este valor não serão nem consideradas, pois já foi deliberado em assembleias com os trabalhadores o valor mínimo”, explica o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação, Malharia, Tinturaria, Tecelagem e Assemelhados de Brusque (Sintrafite), Aníbal Boettger.

Apesar do interesse demonstrado, até o momento, a venda do terreno não foi concretizada. Boettger ressalta que R$ 10 milhões é o valor mínimo para quitar as dívidas trabalhistas e está ainda muito abaixo do que a área vale atualmente, segundo as avaliações imobiliárias.

Desde 2011, quando a Companhia Industrial Schlösser entrou em recuperação judicial, aproximadamente 600 ex-funcionários aguardam o recebimento integral de suas indenizações trabalhistas. A expectativa é que a dívida trabalhista seja quitada com o valor proveniente da venda do terreno, prevista no plano de recuperação da fábrica, concluído em 2012.

Dentre as especulações imobiliárias, há projetos para construção de condomínios verticais e até mesmo de escolas, diante da grande área que o terreno representa e pela excelente localização. O presidente do Sindicato dos Mestres, Contramestres de Brusque e Região (Sindimestre), Valdírio Vanolli, ressalta que a SCTS está aberta a propostas e que assim que receber uma concreta, chamará os trabalhadores para decidirem em assembleia.

“A melhor proposta, a partir de R$ 10 milhões, será analisada em assembleia e se os trabalhadores decidirem pela venda, assim será feito”, reforça. “Nosso maior interesse é que estes trabalhadores finalmente recebam aquilo a que têm direito, diante de todos os anos de dedicação à empresa”, complementa Boettger.

Este movimento no mercado imobiliário traz uma nova perspectiva para os ex-funcionários da Companhia Industrial Schlösser, que aguardam há anos pelo pagamento de seus direitos trabalhistas. Ambos os sindicatos esperam que as especulações atuais se concretizem em propostas e afirmam que uma delas já está bem avançada.

O Imóvel

O imóvel possui 27.189,58 metros quadrados, localizado na Rua Gustavo Hafpap (Centro II), área privilegiada da cidade. Antigamente, abrigava a Associação da Companhia Industrial Schlösser. Terreno plano, sem risco de alagamentos ou deslizamentos.

Atualmente encontra-se sem nenhuma construção e é mantido limpo e regularmente roçado por profissionais contratados pela SCTS Administradora de Bens Imóveis Ltda.


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