Terreno na Serra do Moura é utilizado para descarte de entulhos e animais mortos
Moradores da região reclamam do cheiro forte, causado pelo aumento do volume de lixo
Moradores da região reclamam do cheiro forte, causado pelo aumento do volume de lixo
Um barranco na Serra do Moura, entre Brusque e Canelinha, está sendo utilizado para descarte de entulhos e animais mortos. Pedaços de tecidos, sacos com retalhos, eletrodomésticos estragados e lixos em geral são encontrados no local.
O ponto de descarte fica próximo à capela do morro. Uma moradora do bairro Águas Claras, indignada com a situação, decidiu gravar vídeos do local para mostrar a situação. Nas imagens é possível ver dezenas de sacos de lixo que se espalham pela beira da rua, barranco e chegam até a pequena nascente de água que fica ao fim do penhasco.
Segundo Maria Raquel de Melo Fuzon, o espaço sempre foi utilizado para descarte irregular, mas neste ano a situação piorou drasticamente. Ela postou os vídeos em sua rede social no fim de novembro e afirma que agora há ainda mais lixo no barranco. “O que mais tem é lixo industrial, mas já vi máquina de lavar roupa, computador, tudo queimado”.
Ela relata que o odor do local é muito forte. “As pessoas jogam os bichos mortos lá e nem enterram”. Recentemente, um fiscal da Fundema foi até o local após a comunidade fazer uma denúncia.
A reportagem entrou em contato com o superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema), Cristiano Olinger, que informou que não tinha conhecimento sobre a situação do local, mas confirmou que um fiscal já havia visitado o espaço.
“São barrancos muito íngremes que as pessoas se aproveitam disso para chegar na beira da estrada e lançar esses produtos”, declara.
Segundo ele, a Fundema entrará em contato com a Secretaria de Obras para realizar a limpeza do local. Além disso, serão colocadas placas no espaço para informar à população que é proibido descartar lixo na natureza e que a ação é passível de multa.
A Fundema garante, ainda, que será feita uma investigação para tentar descobrir quem despeja o material no local.
No entanto, Olinger acredita que a ação será realizada apenas no início de 2020, tendo em vista que o expediente da fundação encerra na próxima sexta-feira, 13, e será iniciado o serviço de plantão.
O diretor-presidente do Instituto Brusquense de Planejamento (Ibplan), Rogério dos Santos, também desconhecia o “lixão”. Ele afirmou que em casos como esse, a população deve fazer uma denúncia no órgão, que encaminhará um fiscal ao local.
Constatado o despejo irregular, o Ibplan identificará quem é o proprietário do terreno para realizar as providências cabíveis. Ele também alerta que a aplicação de multa nesses casos não está descartada.
Casos semelhantes devem ser denunciados à Fundema pelo 3355-6193 e ao Ibplan pelo 3251-1836.