Terreno usado como depósito na rua Azambuja incomoda moradores
Pneus de bicicleta e até mesmo uma televisão foram abandonados no espaço
Pneus de bicicleta e até mesmo uma televisão foram abandonados no espaço
Um terreno localizado na rua Azambuja está sendo utilizado por moradores das redondezas como um depósito a céu aberto. Ontem à tarde, quando a reportagem esteve no local, havia vários sacos plásticos, pneus de bicicleta e até mesmo uma televisão quebrada. A prática de jogar lixo é enquadrada na Lei de Crimes Ambientais, porém, nem isto inibe a ação das pessoas.
O terreno – que fica em frente à Eletro Mafra, perto da antiga pizzaria Tarantela – é, na verdade, um barranco, com alguns metros de declive (descida). Virado para a rua há pouco espaço útil, no entanto, isto não impediu as pessoas de depositarem ali o lixo. Geisiane Ana da Silva Lacerda é vizinha do lixão há seis meses. Ela conta que há dois meses os próprios moradores da rua começaram a jogar ali restos de materiais.
Geisiane mora em um apartamento com mais três pessoas e diz que se preocupa com o uso do terreno vizinho como lixo a céu aberto. “Com o calor, há muito cheiro e tem o risco da dengue”, diz. A maior preocupação dela é que com a televisão e outros objetos jogados no local, o mosquito transmissor da doença comesse a se proliferar no Azambuja.
Logo acima da casa de Geisiane mora Roseli Ruaro, que é vizinha dos fundos do terreno usado como lixão. Moradora há mais tempo do local, ela afirma que a prefeitura já foi até o endereço e retirou os materiais que estavam lá jogados, mas não passou muito tempo até o ciclo recomeçar. “Eu acho isso ridículo”, afirma. Ela nunca reclamou para o poder público, mas cobra providência, pois o lixo largado pode trazer “insetos e bichos” para as residências do entorno.
Jorge Mafra, da Eletro Mafra, fica logo em frente ao terreno e tem uma visão privilegiada do local. “Quem joga as coisas ali são os próprios vizinhos”, conta.
O superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema), Cristiano Olinger, diz que a prática de usar terrenos baldios como lixão é classificado como crime ambiental. Se a pessoa for flagrada jogando o lixo, pode ser notificada e multada pelo órgão.
Nesta quinta-feira, 17, após o contato da reportagem, fiscais da Fundema foram até o local para falar com o dono do imóvel, porém, ele é surdo e mudo, por isso, eles conversaram com o cunhado do proprietário. Segundo Olinger, o cunhado disse que até semana que vem será colocada uma caçamba no local. Se isto não ocorrer, a Fundema irá notificar o dono do terreno, diz o Olinger.