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Testemunhas da agressão contra mãe e filha serão ouvidas pela Polícia Civil

Advogado de Doli Tomiozzo informou que os depoimentos devem acontecer até o início da próxima semana

Duas testemunhas do caso de agressão contra mãe e filha no dia 9, no Centro de Brusque, serão ouvidas pela Polícia Civil.

O advogado de Doli Tomiozzo, André Nivaldo da Cunha, disse à reportagem que os depoimentos devem acontecer nesta semana ou no início da próxima.

Além disso, foram apresentadas à polícia os vídeos feitos pela vítima e imagens de câmeras de segurança de um estabelecimento próximo ao local da agressão. “Essas imagens comprovam nitidamente que a Doli não iniciou nenhuma das agressões”, disse Cunha.

Também foram entregues os documentos médicos que comprovam as lesões sofridas por Larissa, filha de Doli. Ela sofreu rompimento nos músculos da coxa e está fazendo tratamento com medicamentos e fisioterapia.

A Polícia Civil aguarda o fim do tratamento para realizar novos exames e verificar a extensão do dano. “Se o dano que ela sofreu deixar ela incapaz por mais de 30 dias, o procedimento pode mudar para um inquérito policial onde será apurado lesão corporal grave, se não seria uma lesão corporal leve”, explica o advogado.

“A Larissa ainda não consegue fazer atividades normais do dia a dia por conta da extensão do dano e a Doli ainda sofre um certo temor ao sair livremente na rua por receio de alguma represália do acusado ou de familiares, que isso ainda realmente persiste”, conta.

O advogado ressalta que está acompanhando todos os passos do inquérito policial e que “buscará até o final que seja feita a justiça”.

A delegada Flávia Gonçalves Cordeiro disse que após a finalização dos laudos o caso será encaminhado à Justiça.

Agressor foi interrogado
Luan Henrique Bitencourt, jovem que agrediu as mulheres foi interrogado no dia 15, pela delegada Flávia Gonçalves Cordeiro.

A delegada, que no momento está de férias, informou à reportagem que a princípio Luan responderá pelos crimes de injúria, ameaça e lesão.

O advogado do jovem, Leônidas Pereira, disse Luan também apresentou exame de corpo delito. No entanto, afirma que Luan não tem interesse em entrar com uma ação penal contra Doli pelas mordidas e arranhões que sofreu.

“Ele está muito arrependido pelo que aconteceu e vai se submeter ao que está previsto em lei”, enfatiza Pereira.

Sobre os crimes pelos quais Luan possivelmente vai responder, que de acordo com a defesa é lesão corporal leve e ameaça, o advogado diz que “a pena é mínima. A situação da forma como se apresentou envolveu muitas pessoas, mas o crime em si não é um crime grave, olhando pela legislação penal”.

Relembre o caso
No sábado, 9, a fotógrafa Doli Tomiozzo e a filha dela de 19 anos foram agredidas por Luan Henrique Bitencourt, na rua Moritz Germano Hoffmann, no Centro de Brusque. A ação foi filmada por Doli.

O jovem deu um golpe de jiu jitsu na filha de Doli. O centro de artes marciais que Luan frequentava divulgou nota informando que ele não poderá mais ter aulas no local.

Na segunda-feira, 11, a mulher registrou boletim de ocorrência e relatou o ocorrido à delegada Flávia Gonçalves Cordeiro.

Neste mesmo dia, Lêonidas Pereira, advogado de Luan, disse que o jovem está arrependido do que fez e quer pedir desculpas. Ele disse reconhecer o erro e que reagiu de forma desproporcional.

O caso repercutiu nas redes sociais. Doli relatou o ocorrido em seu perfil na rede social Instagram e recebeu diversas mensagens de apoio. O vídeo do momento da agressão circulou em outras redes sociais, como o Facebook e Twitter. As pessoas se mostraram indignadas e pediram por justiça.