Testemunhas de defesa são ouvidas em julgamento do caso da morte da menina Milena

Caso ocorreu em julho de 2021; julgamento começou na manhã desta sexta-feira

Testemunhas de defesa são ouvidas em julgamento do caso da morte da menina Milena

Caso ocorreu em julho de 2021; julgamento começou na manhã desta sexta-feira

Quatro testemunhas de defesa do Caso Milena foram ouvidas na manhã desta sexta-feira, 11, no Fórum da Comarca de Brusque. O julgamento, que começou às 8h30, tem intuito de sentenciar André Mott Fagundes, motorista acusado de atropelar e matar a menina Milena Ketlin Ristow, de nove anos, no bairro Cedro Alto, em Brusque, em julho de 2021.

Milena morreu após ser atropelada por volta das 18h30 de sábado, dia 17 de julho de 2021. A menina estava com a mãe quando ambas foram atingidas pelo carro, um Fiat Uno.

A mãe sofreu ferimentos leves e não precisou ser encaminhada para atendimento. Já Milena foi atingida em cheio e, com o impacto da batida, foi arremessada a uma distância de aproximadamente 20 metros.

A menina já estava sem sinais de vida quando os bombeiros chegaram para socorrê-la. O motorista deixou o local logo após a colisão, mas foi localizado pela polícia e preso. Segundo a PM, André apresentava sinais de embriaguez.

Testemunhas

A primeira testemunha foi chamada para falar sobre a conduta do acusado no trânsito. Ele mencionou que recebeu de cinco a seis caronas de André e que já conhecia ele e que sempre foi bem atendido. Argumentou ainda que nunca viu André bêbado ou drogado e, que sempre foi atendido pelo denunciado de forma generosa.

Um pedreiro que trabalhou com André e que o conhece há cerca de oito anos foi ouvido como segunda testemunha. Em seu relato, disse que André era pontual e que era um bom funcionário.

Comentou também que na rua onde o acidente aconteceu é comum que as pessoas andem na via pois não há calçada regular. Entretanto, disse que o motorista precisa ter atenção e reduzir velocidade, coisa que, segundo a acusação, André fez o contrário.

O terceiro depoimento foi de um homem que trabalhava no posto de gasolina que André passou depois do acidente. Segundo ele, disse que a manobra do André em cortar a rua pelo posto é prática comum dos moradores locais e que conhecia o suspeito e o carro dele. Contou ainda que cedeu imagens aos policiais e que acidentes no local são comuns.

A promotora questionou ele diversas vezes se aquele movimento era normal. Para ela, André passou em alta velocidade no local, mostrando pressa e descontrole.

O trabalhador respondeu que era comum e a promotora pontuou que solicitará imagens de outros veículos que tenham feito a mesma prática para ver se esse tipo de ação é recorrente de fato.

Quarto testemunho

Já a quarta e última testemunha, um engenheiro e perito em análise veicular, contratado pela defesa, contestou a falta informações do laudo do Instituto Geral Perícias (IGP). Ele relatou que não foram informados dados importantes como a velocidade do carro no momento do acidente.

Mencionou ainda que a batida pode ter acontecido cerca de 3 metros para dentro da pista ou pra fora. Além disso, disse também que não há vestígios que comprovem que o carro subiu no meio fio. Porém, a análise no local, feita por ele, foi realizada seis meses posteriores ao acidente.

A acusação questionou se os cálculos tiveram como base a colisão que aconteceu inicialmente na mãe da vítima (informação que consta no processo). Na resposta, o perito conta que se baseou nos dados do IGP, que comprovam que a colisão ocorreu de forma frontal e que as marcas no capô pertenciam a menina de 9 anos. Mas admitiu que os cálculos não foram feitos com base na informação que consta no processo (que o veículo atingiu inicialmente a mãe da vítima).

A promotoria questionou se a testemunha havia identificado tanto no laudo do IGP, quanto na análise dele, se havia marcas de pneu na pista, o depoente disse que não. Após a fala, novamente a promotoria questionou: “então se não há marcas não houve freio?”

O especialista respondeu da seguinte forma: “não”…

Se ouviu um silêncio no tribunal e família ficou muito emocionada.

Após os relatos, o acusado foi ouvido e a probatória foi encerrada.

Colaborou Otávio Timm


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Desenvolvedor de Guiné-Bissau, na África, conheceu Brusque após contato no LinkedIn:


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