Tiro de Guerra de Brusque poderá receber alistamento feminino a partir de 2025
Lista oficial de municípios beneficiados deverá ser anunciada no fim do ano
O Tiro de Guerra 05-005, em Brusque, poderá receber alistamento feminino a partir de 2025. A iniciativa, anunciada na última quarta-feira, 28 de agosto, pelo ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, é inédita na história do Brasil. As inscrições, que serão voluntárias, estarão abertas para mulheres que completarem 18 anos em 2025.
Questionado sobre a novidade, o subtenente Odair José Dalla Corte, Chefe de Instrução do Tiro de Guerra de Brusque, informou que ainda é necessário aguardar a definição de um regulamento mais detalhado por parte do Exército. Esse regulamento esclarecerá quais municípios poderão receber alistamento feminino.
“Especular sobre detalhes seria prematuro. Acredito que até o fim do ano tudo será regulamentado. Após a divulgação da lista dos municípios, cada um poderá incorporar os alistamentos conforme o percentual estabelecido. Não podemos nem afirmar nem descartar a presença de Brusque nesta lista,” afirmou o subtenente.
Processo
Inicialmente, segundo o governo federal, serão ofertadas 1,5 mil vagas, sendo que o recrutamento terá início em 2025 e a incorporação a uma das organizações militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, a partir de 2026.
A iniciativa está sendo adotada de maneira inédita pelos Comandos das Forças Armadas, após período de estudos em conjunto com Ministério da Defesa. Por lei, o alistamento tem duração de 12 meses, podendo ser prorrogado a cada período de um ano até o prazo máximo de oito anos.
Critérios
De acordo com o decreto, o período de alistamento se dará entre os meses de janeiro e junho, mesmo período do alistamento masculino – devendo as voluntárias completarem sua maioridade no ano de inscrição e, ainda, residir em algum dos municípios que possuem Organização Militar e que foram contemplados com essa iniciativa pioneira.
A partir do ato oficial de incorporação, o serviço militar será de cumprimento obrigatório, ficando a militar sujeita às obrigações e deveres previstos na Lei 4.375/64 e ao respectivo regulamento de cada Força.
Atualmente, as Forças Armadas possuem 37 mil mulheres, o que corresponde a cerca de 10% de todo o efetivo. Com a adoção do alistamento, o número de oportunidades deve crescer gradativamente.
Hoje, as mulheres atuam nas Forças principalmente nas áreas de saúde, ensino e logística ou têm acesso à área combatente por meio de concursos públicos específicos em estabelecimentos de ensino, como o Colégio Naval (CN), da Marinha, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) e a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), da Aeronáutica.
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