“Tivemos candidatos que entraram só para atrapalhar”, diz Ari Vequi sobre resultado das eleições em Brusque

Prefeito lamenta o fato de a cidade, mais uma vez, não ter representantes na Alesc e na Câmara dos Deputados

“Tivemos candidatos que entraram só para atrapalhar”, diz Ari Vequi sobre resultado das eleições em Brusque

Prefeito lamenta o fato de a cidade, mais uma vez, não ter representantes na Alesc e na Câmara dos Deputados

Bastante ativo nas campanhas de Dr. Jonas (Patriota) para deputado estadual e Alessandro Simas (PP) para deputado federal, o prefeito Ari Vequi (MDB) concedeu entrevista ao O Município nesta segunda-feira, 3, para comentar o resultado das eleições.

Mais uma vez, a cidade ficou sem representantes na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. O prefeito lamenta a falta de representatividade.

“É ruim para a cidade ficar mais uma vez sem representante. Tentamos fazer o trabalho para eleger um federal e estadual. Para deputado estadual, com o Dr. Jonas, até fomos bem, mas o Patriota não fez legenda. Se o partido tivesse feito, o Dr. Jonas seria deputado. Perdemos para a legenda. Para federal, o Simas fez uma ótima votação em Brusque, mas sabíamos que seria uma eleição difícil”, diz.

Vequi avalia que a ‘onda Bolsonaro’ beneficiou o PL, que conseguiu eleger 11 deputados estaduais e, desta forma, acabou prejudicando partidos menores, como o Patriota, de Dr. Jonas. 

Outro ponto elencado pelo prefeito é o grande número de votos feitos em Brusque pelos candidatos de fora. “Tivemos um excesso de votos para candidatos de fora, o que acabou fazendo com que os votos fossem levados para outras cidades, principalmente no caso de deputado federal”.

O grande número de candidatos da cidade também é outro fator que, de acordo com o prefeito, contribuiu para que Brusque ficasse sem representantes a nível estadual e federal. Ao todo, o município teve sete candidatos a deputado federal e outros nove que concorreram a uma vaga na Alesc.

“O número de candidatos contribuiu para dividir os votos. Temos que ter o menor número de candidatos possível. Eu falei que teríamos candidatos com cerca de 3 mil votos ou menos, que serviram só para incomodar. São candidatos que entraram para atrapalhar. Se não tivéssemos essa quantidade, talvez a cidade poderia ter se unido”.

Eleição de Jorge Seif

Por outro lado, o prefeito comemora a eleição de Jorge Seif senador. O candidato do PL tem o brusquense Hermes Klann como primeiro suplente.

“O Seif foi o grande destaque da eleição. Foi o candidato que apoiamos e que tem o brusquense Hermes como suplente. No caso da vitória do presidente Bolsonaro no segundo turno, o Seif tem chances de assumir um ministério e então teremos um brusquense senador”.

Ari Vequi também destaca a vitória de Bolsonaro em Brusque. O atual presidente fez 72% dos votos na cidade e a expectativa, de acordo com ele, é que no segundo turno ele amplie a vantagem na cidade. Assim como Jorginho Mello (PL), que disputará o segundo turno para o governo do estado contra Décio Lima (PT). O candidato do PL teve 58,15% dos votos na cidade.

“Acredito que no segundo turno o Bolsonaro faça ainda mais votos em Brusque e que o Jorginho ultrapasse os 60%. Esta é a intenção. Vou apoiar o Jorginho, porque ele já se comprometeu a dar continuidade às obras que são importantes para a cidade como a Barragem de Botuverá, a duplicação da Ivo Silveira, a alça de acesso na BR-101. Ele já assumiu compromisso com a nossa cidade”, diz.

O prefeito avalia ainda o terceiro lugar do atual governador Carlos Moisés na disputa pelo governo.

“Foi uma surpresa o PT no segundo turno. Eu achava que o Moisés iria, mas a situação dele com o Bolsonaro, o rompimento, pesou muito e as escolhas que ele fez não foram pra frente. A barragem não saiu do papel, a rodovia não saiu, a alça de acesso a BR-101 também não. Eu sempre fui claro ao governador quanto a isso. Todas as obras para a região foram divulgadas, mas não aconteceram”.

Por fim, Vequi destaca que apesar de a cidade não ter elegido representantes na Alesc e na Câmara Federal, mantém uma boa relação com Jerry Comper (MDB) e Carlos Chiodini (MDB), ambos eleitos deputado estadual e federal, respectivamente.

“O Jerry e o Chiodini se elegeram e, com certeza, vão olhar para Brusque. A cidade também terá portas abertas com o Seif e o Jorginho. Fui um dos primeiros a abraçar o Seif como candidato e tenho uma afinidade grande com o Jorginho. Tirando as questões locais de deputado estadual e federal, Brusque se saiu bem”.

Relação com o MDB

Ari Vequi também comentou sua relação atual com o MDB. O prefeito teve desentendimentos com a executiva estadual do partido, que apoiou a candidatura do vereador Deivis da Silva para deputado federal em Brusque.

Nos bastidores, inclusive, chegou a ser ventilada a vontade de Vequi de sair do partido.

“De início, não penso em fazer grandes movimentos. Esta eleição mostrou que eu estava do lado certo. Se o partido tivesse sido vice do Jorginho, hoje estaria no segundo turno. Se tivesse apoiado o Seif, hoje teria um senador. Eu não errei, minhas escolhas foram as certas. Mas se o partido continuar fazendo o que fez nesta eleição, posso sair, sim. O partido continua grande, mas é preciso sentar e corrigir os erros”.

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