Eis que depois de um trabalho insano, depois de dias, noites e madrugadas de correria, conseguimos proporcionar aos participantes do Enem 2016 um encontro regado a música, vídeos, História, Inglês, Física, Literatura, Redação e muita diversão. Bem daquele jeito misturado (‘multidisciplinar’), bem do jeito que ocorre na prova. Foram praticamente duas horas e meia nas quais discorremos sobre a década de oitenta, a queda do Muro de Berlim, o quadro da Guerra Fria, o Neoliberalismo, as Diretas-Já e diversos outros assuntos importantes pra quem vai prestar uma prova tão abrangente.

Nosso primeiro #tamojunto/Enem2016 teve como participantes especialíssimos atentos estudantes do Araújo, do Becker, do Carlos Maffezzolli e de muitas outras escolas públicas e particulares (Valeu, galera! Foi muito massa!). Além desses, cabe ressaltar o empenho dos amigos de longa data que embarcaram neste projeto comigo; os músicos Dudu Colzani (baixo), Alexandre Stoll (guitarra) e Rafa Vieira (bateria). (Valeu, rapazes; o “Professor Deschamps” agradece aos insubstituíveis “Os Encorrigíveis”!!).

Ao longo da noite, também contamos com a colaboração de dois professores – mestres em suas áreas – que gravaram videotoques pra galera: a professora Karline, de Inglês; e o professor Fabrício Scheffer, responsável por um dos melhores – senão o melhor – material online de Física na internet (Dá uma olhadinha em “FísicaFábris”, no Youtube!!).

A lista dos colaboradores é longa, mas deve ser igualmente escandida: valeu, doutor Felipe Eilert dos Santos, sem o qual jamais conseguiríamos mobilizar os estudantes de Guabiruba. Tudo isso não seria possível sem contarmos com o apoio – tanto na divulgação como na própria produção – da rádio Diplomata FM (Valeu pelo Quiz, Clayton, Fábio e Jô Eufrásio!!). Agradeço também à prestativa colaboração do pessoal do nosso jornal, o Município Dia a Dia.  A inestimável colaboração da UNIFEBE, que cedeu ônibus pra transportar a galera, foi fundamental para o nosso sucesso; e o empenho determinado dos meus parceiros do Colégio Amplo – o diretor Maicon Moresco e a coordenadora Rosana Muller Wieser – viabilizou nossa produção.

Ao fim e ao cabo, algumas dezenas de alimentos não perecíveis foram repassados à Ação Social do Santuário de Azambuja, e nós nos sentimos recompensados pelo esforço, muito bem “remunerados” com esse novo sabor agregado à palavra ‘comunidade’. Foi lindo!!! Tanto pra nós, que organizamos, como para as duzentas e tantas pessoas que lotaram o Teatro Azambuja.

Mas… Ah! As adversativas; mas uma ausência foi a nota dissonante: um menino doce, responsável, sonhador e empreendedor; daqueles que protagonizam as grandes aventuras da vida; daqueles que sabem que ‘comunidades’ têm sabor, não pôde responder à ‘chamada’. Um menino a quem não tive o prazer de conhecer pessoalmente; um menino a quem coube, ao lado do doutor Felipe, mobilizar os alunos do João Boos. Dalvan William Cavichioli, esta aula coube a ti, meu querido. É a nossa homenagem, o nosso reconhecimento à tua vida – curta, mas intensa. É pra que saibas que continuamos aqui, brigando por aquele mundo com o qual sonhaste; um mundo em que a política sirva à vida, e não à morte de jovens sonhadores como tu. A ti, Dalvan, eu dedico uma inesquecível noite de 1º de novembro de 2016, entre aprendizes ávidos, uma noite na qual não pude dizer teu nome: não tive forças para tanto. Descansa em paz, menino; nós não descansaremos enquanto não conquistarmos esse mundo com o qual sonhaste: um mundo onde a política sirva à vida, e não à morte de jovens sonhadores como tu.

 

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Professor Deschamps