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Torcedor do Brusque afirma não ter proferido ofensas racistas contra goleiro do Criciúma

Ele chegou a ser detido, mas foi liberado na sequência

Daniel Alexandre, torcedor do Brusque detido no último sábado, 8, acusado de ter proferido ofensas racistas contra o goleiro do Criciúma, Caique, refutou ter cometido este crime.

Ao jornal O Município, ele admitiu ter proferido uma série de ofensas contra Caique, mas que não utilizou termos racistas.

“De ontem para hoje foi um dia difícil. Estou sem saber ainda o que o goleiro do Criciúma fez comigo. Não falei nada. Xinguei ele, sim, de v*ado, galhudo, corno, como 500 torcedores que estavam do meu lado estavam xingando, mas em nenhum momento fui racista. Foram os piores minutos da minha vida ficar preso por uma coisa que eu não cometi”, disse.

Daniel fez questão de se identificar para a publicação da reportagem. “Não tenho nada a esconder eu não chamei ele de nada racista. Estava todo mundo xingando, mas eu fui o ‘premiado'”.

“Deus está vendo o que ele acredita ter ouvido. Se alguém o chamou, não fui eu, e também não escutei ninguém falando. Quem provocou toda a confusão foi ele mesmo”, completou.

Ele disse que foi preso, mas não conversou com o delegado e não prestou depoimento. Ele foi liberado pouco depois.

“Nem vi a cara do delegado. Não me deram uma chance de resposta. Apenas me liberaram. Sou sócio do clube, vou continuar sendo, mas nunca mais vou a um jogo se é para passar pelo que eu passei ontem”.

Ele classificou a atitude do goleiro Caique, que denunciou a ofensa racista, como “vergonhosa”.

“Não quero indenização nenhuma, só quero que o goleiro olhe para mim e fale que eu disse o que ele está dizendo, porque é uma vergonha passar pelo que eu passei ontem. Só quero que prove que eu falei alguma coisa. Porque hoje foi um dia difícil, o pior dia da minha vida”.

O caso

O goleiro Caíque, do Criciúma, registrou boletim de ocorrência na noite de sábado, 8, relatando ter sido vítima de atos racistas de um torcedor do Brusque logo após o empate em 1 a 1 entre as equipes, no estádio Augusto Bauer.

Em um vídeo gravado por um torcedor na arquibancada coberta, atrás do gol defendido por Caíque, é possível ver o momento em que o goleiro percebe a injúria racial.

Ele está acompanhado do goleiro reserva, Kauã. Nos primeiros segundos do vídeo, o camisa 1 do Criciúma se despede de forma irônica da torcida brusquense, em resposta a provocações, até o momento em que para e começa a apontar a um torcedor.

O goleiro, então, volta até a linha da pequena área e começa a correr até a equipe de arbitragem para denunciar.

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