Torcedores se reúnem em lanchonetes e bares para assistir à classificação do Brasil
Na vitória de 2 a 0 sobre a Sérvia, Willian foi avaliado como pior em campo; partida foi considerada a mais fácil até o momento
Por volta das 15h desta quarta-feira, 27, poucos carros circulavam pelas ruas de Brusque e, em alguns pontos mais silenciosos, era possível ouvir os barulhos dos apartamentos, onde torcedores assistiam à partida entre Brasil e Sérvia, pela última rodada do Grupo E da Copa do Mundo. Em bares e lanchonetes, amigos e famílias se reuniram para assistir aos gols de Paulinho e Thiago Silva, que classificaram a seleção brasileira em primeiro lugar do grupo.
No Burguer Bier, as mesas ocupadas eram regadas a muito chope e repletas de petiscos. Em uma das mesas, estavam os amigos Jean Steingraber, Lucas Moresco, Gilberto Eitelwein e David Souza. Para Steingraber, o melhor da partida estava sendo Philippe Coutinho, destaque da seleção nos dois jogos anteriores. No entanto, o grupo todo ressaltou que não houve grandes destaques individuais.
Por outro lado, o pior jogador era Willian. Desde que ganhou a vaga de titular na disputa com Renato Augusto, o atleta passou a atuar na ponta direita do ataque, levando Coutinho para o meio. Desde o início da copa, Willian não agrada os torcedores, que lamentam a ausência de Douglas Costa por lesão.
Neymar, rodeado de críticas após o desequilíbrio emocional e as atuações abaixo das expectativas, teve melhoras na visão de Steingraber. “Ele esteve melhor esse jogo. Está com mais vontade de jogar, e o fato de estar pendurado também pode ter feito com que ele não ficasse simulando, reclamando.” Para o torcedor, o Brasil perdeu força no ataque com a saída de Marcelo, mas não sentiu falta durante a partida. Fagner, bastante contestado, não comprometeu.
“Eu jurava que seria muito mais fácil, mas todas as seleções maiores estão tendo dificuldades. Pelo que o Tite fez nas eliminatórias e nos amistosos, deveria ter sido mais fácil”, completa.
Com o Brasil classificado, o grupo inicialmente preferiu enfrentar o México. O torcedor David Souza, no entanto, lembrou que a Suécia foi derrotada pelo Brasil na final de 1958 e nas semifinais de 1994, e ligou o modo “supersticioso” dos amigos. “De qualquer forma, devemos passar do México. Vamos engrenando. O Brasil só podia ter feito mais um para eu poder cravar o placar no bolão”, comenta Souza.
Charleston Luiz, Cristiano Rosa, Natan Pagani, Manuel Pagani e Carlos Pagani formavam outro dos grupos presentes no local, e já costumavam acompanhar outras partidas, como as das fases finais da UEFA Champions League. Willian ainda foi o principal alvo das críticas.
“Ganhando de meio a zero já estava valendo. Mas o Willian não dá, a bola chega nele e acabou. O Tite podia mudar”, comentavam, durante o segundo tempo. Para o grupo, a seleção se estabilizou e começa a apresentar o futebol que dela se espera.
No Italiano Lancheria, Valdineia Artiles foi assistir à partida com a família e os amigos, e viu um confronto muito mais fácil do que os anteriores. “O gol veio mais cedo do que no jogo contra a Costa Rica, daquela vez foi muito mais sofrido. Agora contra o México, pra ir avançando de fase, o Brasil sempre é melhor”, avalia.