Trabalhadores da Celesc de Brusque aderem à paralisação

Eletricitários reivindicam um reajuste salarial de 12%; se não entrarem em acordo, greve inicia a partir do dia 30

Trabalhadores da Celesc de Brusque aderem à paralisação

Eletricitários reivindicam um reajuste salarial de 12%; se não entrarem em acordo, greve inicia a partir do dia 30

Nessa terça-feira, 23, trabalhadores da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) paralisaram as atividades em todo o estado para pressionar a empresa a conceder um reajuste salarial de 12%. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Eletricitários do Vale do Itajaí (Sintevi), cerca de 88% dos trabalhadores cruzaram os braços durante todo o dia.

Em Brusque, 18 funcionários aderiram ao movimento. Segundo o gerente da Celesc do município, Pedro Tridapalli, a paralisação não afetou os serviços na cidade. “Tivemos a paralisação de alguns serviços internos apenas. Atendemos normalmente, tanto na área comercial, para o público, como emergencial, em caso de falta de energia”, diz.

O diretor do Sintevi, Orlando Nestor Gretter, destaca que a negociação entre Celesc e os eletricitários está acontecendo durante todo o mês, no entanto, ainda não há um consenso, principalmente em relação ao reajuste salarial. “A nossa data-base é setembro. As negociações encerram no dia 30 de setembro, e ao longo de todo o mês estamos negociando. A Celesc está se recusando a nos conceder o ganho real”, afirma.

De acordo com ele, a maioria das concessionárias de energia elétrica do Brasil já concederam o ganho real aos funcionários de, pelo menos, 2% acima da inflação. “Nos últimos 10 anos, fechamos a nossa data-base abaixo da inflação, com 5% e até 6% de diferença. Neste ano, a nossa assembleia aprovou 12%, que já engloba o índice da inflação mais um percentual de ganho real”, diz.

Na última sexta-feira, 19, a proposta da Celesc foi de 6,75% de reajuste no total – 0,40% de ganho real. “Isso é considerado muito pouco”, diz Gretter.

Uma nova rodada de negociações aconteceu na tarde de ontem. Nas próximas quinta e sexta-feira acontecerão novas assembleias com os trabalhadores para avaliar as propostas da empresa. Caso não haja um consenso, Gretter não descarta o início de uma greve. “Se não avançarmos nas negociações e a Celesc não nos apresentar uma proposta razoável, já temos um indicativo de greve preparado, e a partir das 6h da manhã do dia 30 de setembro, devemos paralisar”, ressalta.

A partir de hoje, o atendimento da Celesc volta ao normal. “Os serviços se normalizam amanhã (hoje) em todas as cidades, a partir das 8h. A Celesc está irredutível na negociação, mas esperamos não precisar chegar ao extremo”, finaliza.

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