Trabalhadores da Irmãos Fischer paralisam atividades na manhã desta sexta-feira
Eles reivindicam reajuste salarial e a volta de pagamentos de prêmios; na segunda-feira eles decidirão se entram em greve ou não
Na manhã desta sexta-feira, 18, cerca de 60% dos trabalhadores do setor de produção da empresa Irmãos Fischer paralisaram suas atividades. Os funcionários reivindicam 10% de reajuste salarial, a volta do prêmio que era pago por produção e o reajuste automático de salário depois dos três meses de experiência.
A paralisação iniciou às 7 horas e seguiu até por volta das 11 horas, quando, em assembleia promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas (Sintimmmeb), os funcionários decidiram dar um prazo de 48 horas para a diretoria da empresa apresentar uma proposta.
O presidente do Sintimmmeb, José Isaías Vechi, afirma que a diretoria pediu prazo de 10 dias para fazer um levantamento financeiro e avaliar se pode ou não atender as reivindicações, entretanto, os trabalhadores não aceitaram e deram 48 horas.
Na segunda-feira, 21, o sindicato se reúne com a diretoria e, uma hora depois, levará a proposta aos trabalhadores que, em assembleia, decidirão se aceitam ou se entram em greve.
“Vamos conversar com a diretoria e os trabalhadores que vão tomar uma decisão. Espero que a empresa tenha uma proposta que seja boa para os trabalhadores”.
Após a assembleia desta sexta-feira, os trabalhadores voltaram a trabalhar normalmente. Na segunda-feira, eles trabalharão até as 11 horas. quando serão liberados para participarem da assembleia que definirá ou não a greve.
O que diz a empresa
Edemar Fischer, diretor administrativo, comercial e financeiro da empresa, se manifestou sobre a paralisação dos funcionário por meio de nota.
No texto enviado a O Município, Fischer afirma que a diretoria da empresa foi pega de surpresa pela paralisação dos funcionários, principalmente porque durante esta semana, os sindicatos patronal e laboral, fecharam a convenção coletiva que estabelece todas as regras entre patrão e empregados.
“É lamentável a situação, pois nossa empresa cumpre religiosamente todas as obrigações legais com seus colaboradores”.
O diretor diz ainda que a reivindicação trazida pelos trabalhadores causa estranheza, já que paralisaram as atividades “sem saber qual o índice de reajuste que seria acrescido ao salário, já que a empresa sequer rodou a folha de pagamento do mês de maio e, ainda, sem saber qual o índice fixado na convenção coletiva”.
Fischer afirma que a diretoria se reuniu e, em consenso, resolveu analisar os pontos trazidos pelos trabalhadores para uma avaliação e durante a próxima semana dará uma posição concreta sobre o pleito apresentado.