VÍDEO: Trabalhadores da Secretaria de Obras reclamam de falta de medidas contra pandemia; secretário rebate

Funcionário afirma que há aglomerações no transporte e ao bater o ponto, e pasta lista providências preventivas

VÍDEO: Trabalhadores da Secretaria de Obras reclamam de falta de medidas contra pandemia; secretário rebate

Funcionário afirma que há aglomerações no transporte e ao bater o ponto, e pasta lista providências preventivas

Circula nas redes sociais um vídeo de um trabalhador da Secretaria de Obras filmando o interior de uma van com praticamente todos os lugares ocupados, a maioria utilizando máscaras de proteção, com a reclamação de que serventes, jardineiros e roçadores não estão recebendo a atenção necessária na prevenção contra a pandemia do coronavírus (Covid-19). A pasta, por sua vez, afirma que vem tomando as medidas necessárias, e terá, nos próximos dias, duas máscaras de tecido à disposição para cada um dos empregados na ativa.

Um funcionário da secretaria que não quis se identificar relata que duas vans saem ao trabalho com 12 pessoas cada, e uma kombi realiza o transporte dos roçadores. “A maioria usa máscara, mas como ela vai lotada, também tem o contato.” Este funcionário, assim como outros, conta que decidiu evitar o risco indo de carro ao local de trabalho, evitando a aglomeração.

Ele também reclama do momento de bater o cartão-ponto, em local que julga pequeno. Segundo o trabalhador, não há álcool em gel disponível nem faixas de sinalização de distanciamento, como as que existem em filas de supermercado, por exemplo. O pedido é de que o transporte seja realizado com menos pessoas, e que haja distanciamento na hora de bater o ponto, com álcool em gel disponível.

Resposta

O secretário da pasta, Ricardo de Souza, teve acesso ao vídeo, mas afirma que o uso de máscaras diminui consideravelmente os riscos. “Vi o vídeo, mas estavam todos de máscara”. Ele reforça que, por mais que tivesse sido levado um curto tempo de adaptação desde que as obras públicas voltaram à ativa, as medidas têm sido tomadas, com uso de máscaras, luvas e álcool em gel para os funcionários.

“Chegarão para nós 600 máscaras de tecido. No momento estamos utilizando as cirúrgicas, recomendadas para um período de três a quatro horas. Haverá duas para cada funcionário. Uma utilizada para o trabalho e outra para ser higienizada em casa e utilizada no dia seguinte”, explica.

Referente a aglomerações, Souza também relata que a capacidade de trabalho da Secretaria de Obras já tem sido bastante reduzida, com 50% do pessoal ficando em casa. Há 105 funcionários nos grupos de risco que estão em isolamento e cerca de 20 que estão com férias ou licenças-prêmios.

“Temos que ir nos adaptando. A cidade começará a ter problemas sérios de drenagem, esgoto a céu aberto, buracos no asfalto, há obras que tivemos que parar sem termos terminado. Não podemos parar a manutenção da cidade, sempre nos adaptando às recomendações da Organização Mundial da Saúde para as precauções.”

 

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