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Trabalhadores de Brusque reclamam da falta de refrigeração e água

Desde o início da onda de calor, sindicatos de Brusque têm recebido queixas

A onda de calor que predomina em Santa Catarina traz à tona um problema grave das indústrias: a falta de condições apropriadas para os trabalhadores suportarem as temperaturas elevadas. Em Brusque, a falta de refrigeração e de água adequada para o consumo são as principais queixas dos trabalhadores que, sem alternativas, recorrem aos sindicatos para tentar amenizar o problema.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação e Tecelagem  (Sintrafite), Aníbal Boettger, há pelo menos 30 dias a entidade recebe reclamações de trabalhadores que sofrem com as altas temperaturas dentro do ambiente de trabalho. “Recebemos reclamações quase que diárias. Para resolver, estamos entrando em contato diretamente com diretores das empresas. Alguns têm tomado providências, outros, infelizmente ainda não estão respeitando esses trabalhadores”, afirma.
Reclamações semelhantes também têm chegado ao Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Guabiruba (Sintrivest). Segundo a presidente da entidade, Marli Leandro, a situação é preocupante. “Estamos preocupados porque conhecemos a realidade das empresas e sabemos que têm algumas com ambientes bem precários. Temos empresas do nosso setor com telhado de eternit, por exemplo, então imagina a que grau de temperatura as pessoas estão trabalhando”, destaca.
De acordo com ela, houve casos de trabalhadores que chegaram a passar mal no ambiente de trabalho por conta do calor. “Tivemos casos de desmaio nas empresas, pessoas que tiveram que ser levadas ao hospital para receber atendimento. É um problema grave e precisamos melhorar a estrutura de trabalho nas empresas de nosso setor principalmente”, ressalta.
Marli destaca que nem sempre a adequação das empresas pode ser feita de imediato. “O problema da água é fácil resolver, a maioria está tomando as providências, a grande questão é a refrigeração. Ainda não tivemos nenhum retorno positivo por parte das empresas sobre isso, até porque não é assim tão simples resolver”.
>> A matéria na íntegra está disponível na edição de terça-feira, 11 de fevereiro, do jornal Município Dia a Dia