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Trabalhadores têxteis de Brusque e região rejeitam proposta do sindicato patronal

Eles reivindicam 10% de reajuste, enquanto foi oferecido 3,83%

Trabalhadores têxteis de Brusque e região rejeitam proposta do sindicato patronal

Eles reivindicam 10% de reajuste, enquanto foi oferecido 3,83%

Os trabalhadores e trabalhadoras têxteis das cidades de Brusque, Guabiruba, Botuverá e Nova Trento aprovaram na manhã deste domingo, 21 , o encaminhamento de contraproposta ao Sindicato das Indústrias Têxteis, na qual reivindicam um reajuste salarial de 10% e um piso mínimo para a categoria de R$ 1.950.

A decisão aconteceu durante assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fiação e Tecelagem de Brusque (Sintrafite).

Na oportunidade, a diretoria do Sintrafite passou aos trabalhadores todas as tratativas das negociações deste ano, e da única proposta apresentada pelo sindicato patronal, de reajustar o salário apenas com o percentual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado dos últimos 12 meses, o que representa 3,83%.

Divulgação

“O que vimos na assembleia é que os trabalhadores estão insatisfeitos e indignados com a proposta do sindicato patronal e diante disso, foi aprovado por unanimidade na assembleia, em manter o índice inicial que solicitamos, de 10% de reajuste, pois há necessidade de uma reposição salarial. Já encaminhamos esta deliberação à secretária do sindicato patronal e no próximo domingo, realizaremos uma nova assembleia com os trabalhadores têxteis, para analisarmos a resposta do patronal.

O trabalhador tem a sua ferramenta para demonstrar insatisfação, de forma organizada e agora vamos aguardar a posição do sindicato patronal e discutir novamente na assembleia do próximo domingo”, ressalta o presidente do Sintrafite, Anibal Boettger.

A negociação

No dia 12 de março, foi aprovado em assembleia do Sintrafite um rol com 49 reivindicações para a Campanha Salarial deste ano, que tem como data-base o mês de maio. Dentre as principais reivindicações estavam o piso inicial da categoria de R$ 2.000 (atualmente é de R$ 1.806); reajuste de 10% para todos os profissionais da categoria; e auxílio cesta básica no valor de R$ 250.

A proposta foi encaminhada e protocolada pelo Sintrafite no Sindicato Patronal já no dia 16 de março. Segundo o presidente do Sintrafite, nas reuniões realizadas não houve qualquer avanço e o sindicato patronal ofereceu apenas o INPC (3,83%) e um piso inicial da categoria de R$ 1,9 mil, rejeitando totalmente o auxílio cesta básica.

A luta do Sintrafite agora é pela manutenção dos direitos dos trabalhadores e por um reajuste de 10%, o que significa a reposição das perdas e aumento real para toda categoria, além de um piso inicial de R$ 1.950.

“Temos visto que outras categorias no município estão recebendo propostas acima do INPC, e a nossa categoria não. Isso está deixando os trabalhadores muito indignados, mas acreditamos na sensibilidade do sindicato patronal em rever esta situação e em dar um reajuste diferente, que valorize a categoria. Vivemos aqui, compramos aqui e merecemos ser tratados de forma igual aos outros trabalhadores, no mínimo”, reforça Anibal.

Nova assembleia

O Sintrafite realiza nova assembleia na manhã do próximo domingo, 28 de maio, às 8h30, na sede do sindicato e convoca todos os trabalhadores e trabalhadoras têxteis para participar.


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