Tradicional festa de São Luís Gonzaga reúne famílias e devotos do padroeiro

Organização contabilizou venda de 20 mil cachorros-quentes, mil pratos de polenta com galinha e 800 pratos de pirão com linguiça

Tradicional festa de São Luís Gonzaga reúne famílias e devotos do padroeiro

Organização contabilizou venda de 20 mil cachorros-quentes, mil pratos de polenta com galinha e 800 pratos de pirão com linguiça

Neste fim de semana aconteceu a tradicional festa da Paróquia São Luís Gonzaga. O evento celebrou o padroeiro da igreja e reuniu muitos fiéis e familiares. Apesar do dia do padroeiro ser comemorado em 21 de junho, a organização decidiu antecipar os festejos devido ao feriado de Corpus Christi.

Os trabalhos para realizar os festejos começam assim que a festa do ano anterior é finalizada. No entanto, a organização se intensifica quando faltam quatro meses para a data do evento, com reuniões semanais.

Na sexta-feira, 14, foram vendidos 1 mil pratos de polenta com galinha, no segundo dia de festa foram 800 pratos de pirão com linguiça, além de 20 mil cachorros-quentes servidos nas últimas duas semanas. Para o último dia da festa, neste domingo, 16, a organização estima a venda de 1,2 mil pratos quentes e 1,5 mil churrascos.

Para o padre Diomar Romaniv a festa é tradicional pois a igreja São Luís Gonzaga foi a primeira estabelecida na cidade. Ele afirma que esse é o momento de celebração entre as 12 comunidades e de olhar com dedicação todo o trabalho realizado pela organização da festa.

Segundo ele, o dinheiro arrecadado é utilizado durante todo o ano para suprir as necessidades da igreja. No entanto, eles planejam utilizar esse valor para realizar melhorias na paróquia.

Isadora e os pais Raul e Marlete Civinski Eble frequentam muitas festas de igreja / Foto: Eliz Haacke

Rita de Cássia Conti, responsável pelo Conselho Paroquial de Pastoral (CPP) e coordenadora dos festeiros, diz que a festa é considerada um evento familiar e espiritual.

“Além de promover o bem estar, encontro com as famílias, uma conversa agradável e essa motivação de todos os voluntários, existe uma interação com a comunidade e sempre temos o objetivo de fazer melhorias e obras na igreja”, afirma.

Rita diz que neste ano a festa bateu o recorde e conseguiu aproximadamente 200 festeiros que são responsáveis por vender os cartões dos pratos quentes além de contribuir com um valor para promover a festa. Rita afirma que a festa possui valores que não podem ser perdidos além de ser inclusiva, pois conta com a ajuda de voluntários de outros municípios.

“Tem coisas muito peculiares daqui de Santa Catarina e da nossa região, por exemplo o cachorro-quente de linguiça, o churrasco da festa, são tradições que se mantém e vão de geração para geração e acho muito bacana”, explica.

Segundo ela, muitas famílias trabalham juntas na festa, o que mostra que as futuras gerações já cultivam a tradição da festa. “Os adolescentes se envolvem, então isso é muito bacana”.

No dia 21 de junho, dia do padroeiro São Luís Gonzaga, será oferecido um jantar aos voluntários como forma de agradecimento pelo trabalho desenvolvido na festa. Nesse dia também será feita uma avaliação da festa para que a organização comece a pensar na próxima edição.

Jair Lana, que também é coordenador do evento, organizou um grupo de homens para fazer as atividades mais braçais na cozinha, como a polenta. Ele diz que alguns homens estão acostumados a fazer retiros e acampamentos de crisma.

Após trabalhar durante muitos anos na festa, Augustino Maurici hoje aproveita o evento com a família / Foto: Eliz Haacke

“Com o tempo nós vimos que podíamos modificar a cozinha, pois é um serviço muito pesado e judiava muito das mulheres e conseguimos fazer um grupo de homens bons na cozinha”.

Ele trabalha nas festas da paróquia há mais de 30 anos e considera que o evento continua uma cultura. “Trabalhamos com muito amor pela igreja, não buscamos troco”, afirma.

Hábito entre os brusquenses
Isadora Civinski Eble, de 20 anos, frequenta a festa com a família desde criança. Eles fazem parte da comunidade do Santuário de Azambuja, mas têm costume de prestigiar a culinária tradicional das festas de igreja e por isso não perdem uma.

“Gostamos do churrasco com cebola, a polenta com galinha, o cachorro-quente tradicional. É uma tradição de família”, diz.

Sandro Bianchin, 51, sempre vai nas festas da paróquia São Luís Gonzaga com a família. Para ele, estar na companhia dos familiares e amigos é inestimável.

“É uma tradição, desde pequeno a gente participa. Não vir na festa não tem graça, nós esperamos todo ano”, afirma.

Augustino Maurici, 81, trabalhou na festa durante 40 anos e hoje aproveita para frequentá-la com os familiares. Devoto de São Luís Gonzaga, ele diz que sempre colaborou com a produção do evento, mas há 10 anos participa da festa para aproveitar as comidas típicas.

“Venho pelo prazer de voltar aqui, participar e ajudar”, afirma.

Sandro e a esposa Marcia Bononomi Bianchini participam da festa há anos / Foto: Eliz Haacke
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