Luiz Antonello

Tradicional presépio natalino no Santa Rita será aberto para visitação nesta semana

Local foi expandido e Paulo Demarche anuncia novidades

Um mês para a chegada do Natal e o tradicional presépio do seu Paulo Demarche, de 80 anos, está pronto. Ele e a esposa Erika Dolores Demarche, 79, abrirão o jardim deles, no bairro Santa Rita, para visitação a partir das 19h deste sábado, 30. 

Sem perder o costume, quem for visitar o local encontrará novidades. São dois cenários maiores, de 12,5m² e outro 10m², além de outras inserções pelos jardim. 

“As peças podem ser iguais, mas muda o círculo por fora, iluminação, jardim, sempre uma coisa nova”, conta Paulo. 

Muito conhecido na cidade, são mais de 20 anos decorando o quintal com carinho e muito amor pela comemoração natalina. Além disso, o local conta com mini museu, roda d’água, peças antigas e até uma capelinha montada pela família. 

Segundo Paulo, a decoração é feita aos poucos, o cenário, por exemplo, ficou pronto em 15 de outubro. Depois, o local foi sendo montado, como um quebra cabeça, além de instalação da iluminação, que é um show à parte.

Demarche ressalta que o objetivo é recriar e relembrar do nascimento de Jesus, além de transformar o local em ponto de visitação de vizinhos e moradores da cidade.

“A maior data de aniversário do mundo é do menino Jesus. Nessa época, o pessoal não pensa em coisas ruins. Eles vêm aqui ouvir músicas de Natal, cantam, são conversas boas. É muito bonito”, diz.

O local estará aberto para visitação todos os dias a partir das 19h, até 28 de dezembro. A casa de seu Demarche está localizada na rua Vitório Demarche, 113, no bairro Santa Rita. 

Partilhar amor

O jardim colorido, diverso e caprichoso é o prelúdio da dedicação do seu Paulo. O local surpreende na beleza. “O jardim, a horta e o presépio são a minha terapia”, adianta.

Contudo, o destaque vai para o amor, na mensagem de união e espírito natalino, que o casal Demarche partilham para a comunidade. 

Segundo Paulo, até montar um presépio simples é importante, pois o principal é o significado e o respeito. “Uma família unida é um presépio verdadeiro, essa é a matriz”, comenta.

A vontade é de manter a tradição, para que as coisas boas não se percam no caminho. Ele recorda, por exemplo, de como era montar a decoração natalina antigamente. 

“A gente não pode esquecer do tempo de infância, quando o pai fazia o presépio em casa. Colhíamos o pinho de manhã cedo, colocávamos na água e terra para manter verde. Só recebíamos os presentes quando escurecia, tinha que rezar antes, eu continuei a tradição de família”, relata.

Toda essa empolgação vem também para proporcionar momentos de alegria, a fim de superar e até esquecer sofrimentos que ocorreram durante a vida da família.

“Eu não tive infância, perdi a minha mãe aos sete anos e passei a vida trabalhando. A minha infância é agora”, diz. 

Com foco nas coisas boas da vida, a intenção é partilhar sorrisos. “Isso é viver, sorrir queima calorias. Está tão bom de viver nesse mundo com nunca foi antes, e o povo não sabe aproveitar, a natureza é sábia e ensina muita coisa”, finaliza.