Tradicional teatro da Paixão de Jesus Cristo é apresentado no Dom João Becker
16° apresentação aconteceu na manhã desta terça-feira
Na manhã desta terça-feira, 16, aconteceu no colégio Dom João Becker a 16° apresentação do teatro da Paixão de Jesus Cristo. Tradição na escola, a peça é realizada pelos alunos do terceiro ano do Ensino Médio.
Em 2003 a peça aconteceu pela primeira vez, organizada pelo professor de história João Ricardo, conhecido como JR. Neste ano ele iniciou dando aula, mas agora atua como assessor de direção. No entanto, como já havia começado com a peça, deu continuidade. “É um marco da nossa escola”, afirma.
No primeiro dia letivo os alunos do terceirão foram desafiados a fazer a peça. O professor conta que na distribuição dos papéis a maioria dos alunos já sabia quem queria ser.
Lucas Eduardo Barbeiro, 17 anos, estuda no Dom João Becker desde o pré. Como assistiu à peça diversas vezes, chegou no terceiro ano sabendo quem gostaria de interpretar: Pilatos. “Eu queria um papel que fosse importante, que tivesse diversas falas, mas que não fosse Jesus”, relata.
Caio Henrique Willrich, 18 anos, quis ser Jesus por conta do cabelo e da barba. “É bom fazer o teatro, aprender a se expressar”, diz.
A elaboração da peça é uma atividade interdisciplinar pois envolve matérias como história, português, artes, filosofia e biologia.
Em cada uma delas os professores colaboram com algum ensinamento. Em português, por exemplo, os alunos aprendem a melhorar a dicção. Em biologia produzem a substância que será o sangue de Jesus.
O teatro surgiu como uma forma de explicar um conteúdo da disciplina de História. JR diz que a intenção era ensinar como os fariseus faziam justiça. “É o estudo da história em si, de como viviam os fariseus, os filisteus, e isso instigou a pesquisa da própria bíblia”, relata. A partir daí, surgiu o teatro como uma forma de ilustrar o estudo.
“Eu não conhecia realmente a história da Páscoa que não fosse o conceito religioso antes de fazer essa peça. A partir daí que eu comecei a entender a questão da história”, diz Lucas. “Com o teatro a gente conseguiu entender melhor”, completa Caio.
Para a diretora, Ione Teresinha Hassmann, o teatro é um orgulho e incentiva a cultura na cidade. “Começando na escola vai atrair muito mais pessoas interessadas em desenvolver essa parte que é tão importante. Como diretora é uma satisfação muito grande. A gente procura cada vez mais através dessa peça incentivar a questão teatral na escola”.