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Tráfico em Brusque: saiba quantidade e tipos de drogas apreendidas em 2023 no município

Também foram divulgados números de mandados de busca e apreensão e autos de prisão em flagrante realizados

Em combate ao crime organizado e repressão ao tráfico de drogas, a Divisão de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Civil de Brusque realizou o cumprimento de 59 mandados de busca e apreensão em 2023. Além disso, foram feitas 33 prisões, lavrados 29 autos de prisão em flagrante e apreendidos em espécie mais de R$ 17 mil. Os dados foram passados pela Polícia Civil ao jornal O Município.

Durante as operações foram apreendidos entorpecentes do tipo maconha, ecstasy, cocaína, crack, MDMA, LSD e haxixe. Além disso, foram apreendidas 10 armas de fogo.
Estima-se que o prejuízo ao crime organizado seja de aproximadamente R$ 38 mil. Para efeito de comparação, em agosto do ano passado, já tinham sido apreendidas 12 armas de fogo.

Em conjunto, a Polícia Militar de Brusque também forneceu informações e números ao jornal O Município. Segundo relatório, a maconha é disparada a droga mais apreendida no município de Brusque. Outros entorpecentes como como oxy, pasta base cocaína, LSD (microponto) e cola de sapateiro ainda não foram apreendidas.

Vale lembrar que nem sempre os números e as drogas apreendidas por cada polícia podem estar iguais, visto que ao longo do ano existem operações e apreensões diferentes.

Valores

Questionado sobre como funciona o cálculo de valores no tráfico de drogas, o delegado Renan Albino explicou que em muitas dessas operações são apreendidas anotações relativas à contabilidade do tráfico.

“Nessas anotações os valores estão explícitos. Sabemos também o peso de uma porção individual embalada para venda, a partir daí fazemos cálculo. Ele (cálculo) não é 100% preciso, já que os preços podem variar a depender a época do ano ou perdas anteriores daquele traficante, mas nos aproxima muito da realidade”, diz o delegado. 

Ainda segundo ele, o número de mandados realizados é maior do que os apresentados, porém, são operações realizadas em apoio a outras unidades e, por isso, não podem ser contabilizadas.

Para onde vai?

Quando dinheiro é confiscado de alguém envolvido em atividades criminosas, como roubo, furto, estelionato ou tráfico de drogas, esse montante é transferido para uma conta bancária vinculada ao sistema judiciário. O processo é padrão no Brasil.

A autoridade policial elabora um documento de apreensão, no qual registra todos os itens encontrados junto com o suspeito. Uma cópia é entregue ao advogado da pessoa detida, enquanto outra é encaminhada junto com o processo. Em situações em que existem vítimas, como nos casos de assaltos, furtos e estelionatos, elas têm a opção de solicitar a devolução de seu dinheiro por meio do sistema judicial.

Contudo, em casos como o tráfico de drogas, nos quais não há vítimas diretas, o valor apreendido é direcionado à União. Posteriormente, uma parcela significativa desse montante é limitada para uma conta pertencente ao fundo penitenciário. Essa transferência ocorre apenas após uma pessoa ter sido julgada e condenada pelo crime.

Armas apreendidas

Já as armas podem ser transformadas em prova no processo judicial. Até o encerramento do processo, as armas ficam em depósitos judiciais.

Posteriormente, são encaminhadas pelo juiz ao comando do Exército, no prazo de 48 horas, para doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas ou para a destruição quando inservíveis.

De acordo com o decreto 9847/2019, os órgãos de segurança devem manifestar interesse pelas armas de fogo apreendidas em um prazo de 30 dias. A preferência é para o órgão que efetivou a apreensão. O mesmo acontece para a apreensão de munições.


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