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Transição da ADR de Brusque para Blumenau começa nesta terça-feira

Servidores irão pleitear manutenção de estruturas no município, alegando custo alto de mudanças

Será realizada nesta terça-feira, 6, uma reunião com representantes das Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs) de Brusque e Timbó, que foram desativadas e serão incorporadas à estrutura blumenauense.

Essa reunião é o primeiro contato oficial entre as entidades para discutir a transição e a forma como a ADR de Blumenau assumirá as competências das outras, após o governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira, anunciar a desativação de 15 ADRs, incluindo a de Brusque.

Emerson Antunes, secretário-executivo da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) de Blumenau, afirma que os atendimentos nas áreas de saúde e educação prestados pelo governo do estado são prioridades neste momento.

Ele garante, por exemplo, que o atendimento na educação continuará em Brusque mesmo após a desativação da ADR, com pelo menos cinco servidores, além de um engenheiro.

Outros setores também devem permanecer no município: a Companhia Integrada de Desenvolvimento Econômico de Santa Catarina (Cidasc), o Instituto de Previdência de Santa Catarina (Iprev) e o Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa).

“Nenhum serviço vai ser interrompido”, afirma. Nos próximos dias, será avaliada também a necessidade de deslocamento de pessoal para a ADR de Blumenau. O secretário diz que o quadro de funcionários da estrutura blumenauense é bastante limitado, e espera poder agregar mais servidores.

Questionado se haverá mudanças nos cargos comissionados da ADR de Blumenau, em virtude de acertos políticos, o secretário declinou de comentar, sob a justificativa de que isso é decidido diretamente pelo governador do estado.

Mudança provoca problemas administrativos

Funcionários da ADR de Brusque, ouvidos sob a condição de anonimato, disseram que o anúncio da extinção da ADR pelo governador pegou a todos de surpresa, e agora há diversos problemas administrativos que precisam ser resolvidos em curto espaço de tempo.

Um deles é o fato de que 21 licitações foram suspensas, e serão enviadas para a ADR Blumenau dar continuidade.

A central telefônica das escolas e de todos os órgãos estaduais das oito cidades da regional de Brusque também fica no atual prédio, no Centro, e provavelmente terá que ser transferida para Blumenau.

A Gerência de Educação, que deve ser mantida, não necessariamente com o mesmo modelo, possui hoje 26 funcionários efetivos, que estão trabalhando normalmente, apesar da desativação da ADR de Brusque ter ocorrido, oficialmente, em 1º de março.

Atendimentos em saúde e
manutenção no mesmo prédio

Funcionários da ADR também estão preocupados com a continuidade dos atendimentos em saúde. Hoje, cerca de 350 pessoas vão até a ADR para pegar medicamentos ou passagens para viagens de tratamento.

A probabilidade é de que os medicamentos sejam levados para a Secretaria de Saúde de Brusque, que faria a distribuição, mas isso ainda não foi discutido com a prefeitura. Durante o mês de março a distribuição continua na sede da ADR, mas para abril ainda não há confirmação de como funcionará o processo.

Na quarta-feira, 7, há uma reunião entre membros da ADR de Brusque e a Casa Civil do governo do estado, na qual será sugerida a manutenção de alguns serviços, ainda que somente com servidores efetivos, uma vez que os comissionados já foram exonerados.

O argumento é de que sairá mais caro para o governo desocupar o atual prédio e procurar outros para abrigar órgãos que permanecerão, como a Cidasc e o Iprev.

Também argumentarão que a estrutura da ADR de Blumenau não é suficiente para assumir alguns serviços de Brusque, como a liberação de alvarás da Vigilância Sanitária estadual e a manutenção de rodovias, no total de 207 quilômetros na área de cobertura da ADR de Brusque.