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Transporte irregular de cargas em caminhões é comum na região

Veículos que transportam terra de maneira irregular geram riscos aos motoristas e sujam as ruas

Ainda é comum ver caminhões transportando cargas expostas na região. Em Guabiruba, a Coordenadoria de Trânsito (Gbtran) e Secretaria de Meio Ambiente, solicitou auxílio da Polícia Militar na fiscalização desses veículos. A intenção é punir quem trafegar com a carga sem os itens de segurança para evitar o derramamento na via.

O ofício foi entregue ao comandante da PM, sargento Weverton Martins Brandão, neste mês, pelo coordenador da Gbtran, Paulo Rodrigo Sestrem e pela secretária de Meio Ambiente, Bruna Eli Ebele.

Sestrem afirma que pela Resolução do Conselho Nacional de Trânsito n° 441, de 2013, os policiais podem multar caminhões que estiverem trafegando com carga exposta sem ser obrigatório abordar o motorista. “Essa resolução dispõe sobre o transporte de cargas de sólidos a granel nas vias abertas à circulação pública em todo território nacional”.

Ele pontua que a medida foi necessária por causa do grande número desse tipo de infração no município, principalmente por parte de empresas de terraplenagem, durante o transporte de terra.

Em Brusque, o secretário de Trânsito e Mobilidade (Setram), Bruno Knhis, diz que os agentes da Guarda de Trânsito (GTB) autuam com frequência essa irregularidade. Quando um agente flagra o transporte irregular e considera a carga como perigosa, que pode cair no para-brisa ou provocar um acidente, aborda o condutor, notifica ou dá uma advertência verbal.

O lugar mais comum em que ocorrem os flagras é na rua João Bauer, no Centro, quando os caminhões deixam cair sobre a via os materiais transportados na curva para a rua Eduardo Von Buettner. Também, quando convergem para a rua Martin Luther. “Nas reuniões com os agentes o assunto é sempre discutido, para que fiquem atentos ao problema”, diz o secretário.

Ele ressalta que quando os empresários procuram a Setram para solicitar autorização para transitar pela via com caminhões carregados, já são instruídos ao transporte correto dos materiais. “Para melhorar o tempo, os motoristas já possuem um sistema de abre e fecha da lona com uma mola, mas ainda há erros que não deixam totalmente a carga segura”, diz.

Quando uma pessoa flagra o transporte irregular ou se sente prejudicada, pode procurar a GTB e informar onde o problema ocorreu, para que os agentes se desloquem ao local e abordem o motorista. “Mesmo podendo autuar sem parar o condutor, os agentes buscam sempre abordar para que, além da notificação, oriente e regularize a situação”.

O secretário ressalta que quando um motorista é autuado sem ser abordado e se sente injustiçado, pode procurar a Setram e fazer a defesa prévia. Além disso, o agente precisa justificar no rodapé da autuação o motivo pelo qual não abordou.

Autuação do motorista
O Código de Trânsito Brasileiro prevê infração gravíssima para o transporte de carga, combustível ou qualquer objeto perigoso deixado na via. A penalidade é a aplicação da multa que é de R$ 191,54 e, após novembro, passará a ser de R$ 293,47.

Além disso, também é aplicado uma medida administrativa, com a retenção do veículo para regularização.