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[1980] Três não é demais

Com histórias diferentes, mas muito semelhantes, Jane e Elizete foram mães nos anos 1980

Numa época antes da internet, quando as brincadeiras das crianças ainda eram mais genuínas e infantis, Elizete e Jane tiveram a primeira experiência de maternidade. Cada uma delas é mãe de três filhos, um número que consideram ideal.

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Ainda estudante, no último ano da faculdade de Medicina, Elizete da Cas engravidou da primeira filha. Na época, ela e o marido moravam no Rio Grande do Sul e, com o nascimento da filha mais velha, em 1980, Elizete interrompeu sua vida acadêmica e profissional para se dedicar integralmente à menina.

Elizete ficou cinco anos se dedicando exclusivamente à criação das filhas. | Foto: Arquivo Pessoal

No ano seguinte, ela teve a segunda filha. Foram cinco anos que ela passou em casa, tendo esse contato muito próximo com suas crianças. “Essa proximidade foi muito especial, com certeza muito bom para elas e para mim também”, conta.

Mais tarde, para continuar seus estudos e a especialização em Dermatologia, ela se mudou com as meninas para São Paulo, onde moraram até 1992. Sua filha caçula ainda era bebê quando vieram a Brusque, procurando por uma cidade mais calma, onde fosse mais tranquilo criar uma família.

Já Jane Bechert Vechi foi mãe pela primeira vez em 1985, e depois, em 1987 e 1991. Ela conta que com os filhos ainda pequenos e com poucos anos de diferença, o mais difícil era sair de casa: “arrumava o primeiro, vestia o segundo e, quando estava terminando de aprontar o terceiro, já tinha alguém sujo”, lembra, entre risadas.

Há pouco mais de um ano, uma de suas filhas voltou do Rio de Janeiro e está morando com ela em Brusque. Junto, veio o netinho, que hoje tem um ano e nove meses. E Jane comprova o dito popular de que “vó é mãe com açúcar”: “Quando se é mãe, a gente tem que ser mais severa, para educar os filhos mesmo. Mas, agora, como avó, a gente releva muita coisa”.

Mãe de três, Jane voltou à rotina de ter crianças em casa com o retorno da filha e do netinho a Brusque | Foto: Natália Huf

Os brinquedos do neto ficam na sala de casa, que foi até adaptada para o menino, desde a retirada de objetos de decoração até um portãozinho na escada, para que ele não suba e desça os degraus sozinho. “Com os meus filhos, eu nunca mudei a decoração”, lembra.

Tanto Elizete quanto Jane tiveram três filhos, e ambas afirmam que é um ótimo número. “Assim tinha sempre alguém agitando a casa”, diz Jane. “Pra mim, acho pouco ter um só. As minhas três são muito amigas e convivem muito bem”, conta Elizete. As duas mães, orgulhosas e com um sorriso no rosto, garantem: “Se fosse hoje, faria tudo de novo, teria os três novamente”.


Você está lendo: 1980: Elizete da Cas e Jane Vechi


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