Tribunal de Justiça de SC quer contratar 462 novos servidores
Festival de nepotismo
Beira o escárnio a intenção do Tribunal de Justiça de SC de contratar, a um custo anual de R$ 64,3 milhões, 462 novos servidores, em 402 novas funções gratificadas. O deboche está em um detalhe especial: contratação sem concurso. Evidentemente que a ocupação das vagas já está praticamente toda mapeada e com toda certeza se pode dizer que, se for adiante, será um dos maiores festivais de nepotismo cruzado da história de SC. O histórico e o que acontece de fato permitem dizer que é possível se imaginar a cena real de um filho de magistrado, trabalhando em algum gabinete da Assembleia Legislativa ou Tribunal de Contas, na Praça da Bandeira, na Capital, acenando para o pai, tio, mãe, irmã ou outro parente no prédio do Judiciário, ali próximo e visível. Ou o contrário. O nepotismo é uma praga.
República de Criciúma
Faça-se o reparo parcial: a chamada República de Criciúma já tinha três secretários no governo de Colombo: Adda de Luca (Justiça e Cidadania), Fernando Vampiro (Infraestrutura) e Acélio Casagrande (Integração Nacional). O deputado estadual Walmir Comin (que ocupou a Assistência Social), tem mais identificação com Tubarão e região. Representação forte é que não falta ao sul de SC: tem três deputados federais (todos criciumenses) e nove estaduais (sete criciumenses). O voto regional funcionou muito bem.
Por um triz
Está por um triz a condenação e inevitável prisão do ex-deputado federal João Pizzolatti Jr. (PP-SC), pela roubalheira na Petrobras. A decisão poderia ter acontecido anteontem se não fosse um pedido de vista do ministro Edson Fachin, relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. Com isso o julgamento, que já tem quatro votos dos cinco votos necessários pela condenação, foi adiado.
Fora da casinha
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, está estressado. Na mesma terça-feira em que o Conselho de Ética da Casa instaurou processo por quebra de decoro contra o deputado federal catarinense João Rodrigues (PSD), preso no início de fevereiro e condenado a 5 anos e 3 meses de reclusão, ele foi incluído, pelo mesmo Maia, em comissão especial criada naquele dia para tratar das mudanças na lei de licitações. Foi devido a uma licitação que Rodrigues foi condenado.
Solidariedade
A frase “Não discuto com mulher”, dita pelo deputado Roberto Salum (PRB) à colega do PT Ana Paula Lima, durante discussão, semana passada, na Assembleia Legislativa, ainda ecoa. Membros das bancadas do PT, PR e PSD, prestaram solidariedade à deputada na sessão de terça-feira. Ele foi vaiado, mas não se abalou nem um pouco. O que causou estranheza no episódio foi a solidariedade que Ana recebeu, junto com um pedido de desculpas, da direção do PRB, partido a qual Salum é filiado.
Bandeiras
Tão logo disse sim à proposta para ser candidato a governador, o deputado federal Esperidião Amin (PP) imediatamente declinou algumas diretrizes de governo, baseadas em três pilares: inovação tecnológica, transparência e modernização da gestão. Afirmou ainda é que “é preciso acabar com o continuísmo, que é prejudicial à democracia”.
Cidadão catarinense
A próxima personalidade a receber, in memoriam, o título de cidadão honorário de SC, é o paulistano Eurides Luiz Mescolotto, falecido em setembro do ano passado. Fundador do PT e oriundo do movimento sindical, foi o primeiro candidato do partido ao governo de SC, em 1982. Foi casado por mais de 20 anos com a ex-senadora e ex-ministra petista Ideli Salvatti.
Ministro
O plenário do Senado aprovou na noite de terça-feira, por 53 votos a 11 e uma abstenção, a indicação do desembargador do TRT-SC Alexandre Luiz Ramos para o cargo de ministro do Tribunal Superior do Trabalho. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) declarou seu voto contrário pelas opiniões do ministro na defesa da reforma trabalhista. Agora falta apenas a nomeação pelo Presidente da República, o que deve ocorrer nos próximos dias.
Desocupação
Uma espantosa amostra de que muitos brasileiros estão carentes de opções de lazer saudáveis. O primeiro paredão formado apenas por homens, terça-feira, no lixo do lixo chamado “Big Brother Brasil”, contou com mais de 35 milhões de votos. Se tal disposição em votar naquelas pessoas desinteressantes fosse transferida para ajudar alguém, certamente este país seria melhor.