Trilheiros contam qual a sensação de participar do Passeio Radical da Fenajeep, em Brusque
Passeio ocorre em trilha inédita nesta edição
Passeio ocorre em trilha inédita nesta edição
Por volta das 8h deste sábado, 22, o estacionamento do pavilhão de eventos Maria Celina Vidotto Imhof já estava lotado de jeeps aguardando o Passeio Radical da 26ª Festa Nacional do Jeep, a Fenajeep.
O passeio deste ano acontece em uma trilha inédita. O trajeto, que fica no limite entre Brusque e Itajaí, tem cerca de dez quilômetros repletos de desafios, muita lama e adrenalina.
“A gente fez com bastantes obstáculos, mas todos eles com desvio”, explica um dos organizadores da prova, Cristian Noldin. Os desvios foram inseridos para que o trilheiro possa ter um outro caminho a seguir, caso fique muito difícil passar pelo obstáculo. “Quem quer se divertir vai tocando dentro dos atoleiros”, complementa.
Um único jeep demora cerca de três horas pra completar o trajeto. No passeio, são aproximadamente 70 jeeps, divididos em três pelotões, que vão levar todo o dia para percorrer a trilha. Noldin acredita que o primeiro pelotão deve chegar por volta das 15h e os demais somente à noite.
Aventureiros
Para passar pelo trajeto, é preciso coragem e gostar de adrenalina, características típicas de um aventureiro. A ansiedade e a empolgação estavam nítidas no rosto da maioria dos participantes que aguardavam a largada, que ocorreu às 8h30. Confira um trecho da largada:
Leoveral Gomes Machado, morador de Brusque, tem 70 anos e um espírito aventureiro: ele participou do passeio radical em todas as edições. Veterano na prática, ele diz que o nervosismo não o afeta mais. “Nem um pouquinho nervoso”, afirma.
O trilheiro conta que os desafios do caminho são passados com muita união da equipe. “É muito emocionante”, relata.
O motorista da equipe é Fernando Muller, de 64 anos. Ele já fez mais de 20 passeios radicais na Fenajeep. “Dá uma sensação de liberdade”, comenta.
Com relação às dificuldades da trilha, Muller afirma que é o que dá sentido ao passeio. “As dificuldades fazem parte da aventura. Se não tiver dificuldade, não é aventura”, diz animado.
Mario Broering e Fernando Medeiros vêm de Palhoça (SC). Mario participa há cinco anos e Fernando está participando pela primeira vez.
O veterano descreve que a sensação durante a trilha é de “paz e tranquilidade”, pois todos os problemas são esquecidos para dar lugar à aventura.
Fernando estava com altas expectativas para a trilha, porque ele compartilha do mesmo sentimento de Mario. “É como um desabafo”.